É noite e estou com amigos em uma universidade. Estamos nesse local porquê aconteceria o lançamento de um livro que estou organizando em um dos prédios do campus. O lancento foi cancelado em função da epidemia de Coronavírus. Uma amiga, que além de escrever no livro, é artista plástica, fez a capa do mesmo e teria outras obras expostas no evento. Vou com ela até um prédio deserto, atravessando o campus também vazio. Não encontrávamos suas obras e nem os livros em lugar nenhum. Mas sabíamos que estavamos no lugar certo. Crescia uma tensão sexual entre nós. Começamos a nós tocar e beijar, suavemente. A excitação, contudo, era enorme. Lembro de fleshs de seu corpo sem roupa, como se fosse em sequências fotográficas. Não tenho camisinha, apenas um dedal. Coloco na ponta de um dos dedos, o qual ela põe na boca. Mas é assustador quando ela ""engole"" o dedo por inteiro. Desperto angustiado.
Que associações você faz entre seu sonho e o momento de pandemia?
De fato estou organizando um livro que talvez tenha seu lançamento adiado. Lembro de quando fui residente em um hospital: se têm uma vida sexual muito ativa com colegas de trabalho. Talvez seja um jeito de se manter vivo, quando se convive diariamente com a morte em uma UTI. Bom, UTI e Coronavírus possuem uma relação uterina. A universidade vazia, o cancelamento do lançamento de um livro e obras de arte perdida, agora me soam assim: ao que vamos recorrer? Essas ausências, ainda mais na crise, me lembram o obscurantismo em que o Brasil afunda. É uma Idade das Trevas revisitada. Isso não deixa de me surpreender e chocar. O esvaziamento do campus, gente falando em campos de concentração para refugiados e agora para os doentes. Não aprendemos nada com a nossa história nem com o que vimos acontecer em outras países durante a pandemia. Sobre a falta de preservativo ou um preservativo curto, me vêm na cabeça algo sobre o contágio, sobre essa falta de proteção. E curioso...
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É noite e estou com amigos em uma universidade. Estamos nesse local porquê aconteceria o lançamento de um livro que estou organizando em um dos prédios do campus. O lancento foi cancelado em função da epidemia de Coronavírus. Uma amiga, que além de escrever no livro, é artista plástica, fez a capa do mesmo e teria outras obras expostas no evento. Vou com ela até um prédio deserto, atravessando o campus também vazio. Não encontrávamos suas obras e nem os livros em lugar nenhum. Mas sabíamos que estavamos no lugar certo. Crescia uma tensão sexual entre nós. Começamos a nós tocar e beijar, suavemente. A excitação, contudo, era enorme. Lembro de fleshs de seu corpo sem roupa, como se fosse em sequências fotográficas. Não tenho camisinha, apenas um dedal. Coloco na ponta de um dos dedos, o qual ela põe na boca. Mas é assustador quando ela ""engole"" o dedo por inteiro. Desperto angustiado.
Que associações você faz entre seu sonho e o momento de pandemia?
De fato estou organizando um livro que talvez tenha seu lançamento adiado. Lembro de quando fui residente em um hospital: se têm uma vida sexual muito ativa com colegas de trabalho. Talvez seja um jeito de se manter vivo, quando se convive diariamente com a morte em uma UTI. Bom, UTI e Coronavírus possuem uma relação uterina. A universidade vazia, o cancelamento do lançamento de um livro e obras de arte perdida, agora me soam assim: ao que vamos recorrer? Essas ausências, ainda mais na crise, me lembram o obscurantismo em que o Brasil afunda. É uma Idade das Trevas revisitada. Isso não deixa de me surpreender e chocar. O esvaziamento do campus, gente falando em campos de concentração para refugiados e agora para os doentes. Não aprendemos nada com a nossa história nem com o que vimos acontecer em outras países durante a pandemia. Sobre a falta de preservativo ou um preservativo curto, me vêm na cabeça algo sobre o contágio, sobre essa falta de proteção. E curioso que introduzo meus dedos na garganta da minha amante e isso de intimista se assustador. Um último aspecto: no início da semana em que tive esse sonho havia começado a escrever um diário de quarentena.
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