Tudo começou com o mau relacionamento que ela tinha com seus pais, seu pai era alcóolatra apesar do amor que tinha por ela, acabava a machucando resultado do uso exagerado das bebidas, minha vó sofreu muito durante o casamento, perdeu quatro filhos que faleciam logo depois do parto, uma doença que os médicos não sabiam dizer o que era, minha mãe foi a única filha dos dois, a perda dos filhos tornavam a relação dos meus avós ainda pior, meu vó batia muito nelas, as desrespeitavam eram poucos os dias bons entre aquela família, mais raros ainda os dias que se via afeto entre eles, apesar do amor de pai e filha.
Mesmo com os anos se passando o convívio entre minha mãe e o pai dela só piorava, quando ela tinha lá seus dezoito anos minha vó decidiu ir embora e a deixar aqui morando com o seu pai, que por fim já estava em um outro relacionamento, convivendo com aquela nova família ela conheceu o irmão da nova mulher de seu pai, que morava para fora, tinha uma vida mais simples, nele minha mãe encontrou o carinho e o afeto que nunca havia recebido dos pais, foram criando laços cada vez mais fortes, foi por seu relacionamento com seu pai piorar depois de uma briga onde os dois acabaram se agredindo, ela decidiu viver uma nova história ao lado do homem que lhe mostrou que era possível ser feliz longe daquele mundo de violência e brigas.
Apesar de não ser acostumada com a vida no interior ela largou tudo e foi em busca de um lugar melhor, morando com meu pai os sogros e os irmãos dele e os pais, no começo era tudo mais fácil, todos a trataram bem, os ajudaram a construir a casinha deles, simples mas pelo que conta a minha mãe foi muito especial ela ter sua própria casa, logo após ela engravidou da minha irmã que hoje tem 21 anos, a vida era difícil, meu pai trabalhava no mato e a mãe cuidava da casa, naquele tempo tinha que buscar agua no poço, as roupas eram lavadas em açudes, sem falar na distância da cidade. Passado mais alguns anos...
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Tudo começou com o mau relacionamento que ela tinha com seus pais, seu pai era alcóolatra apesar do amor que tinha por ela, acabava a machucando resultado do uso exagerado das bebidas, minha vó sofreu muito durante o casamento, perdeu quatro filhos que faleciam logo depois do parto, uma doença que os médicos não sabiam dizer o que era, minha mãe foi a única filha dos dois, a perda dos filhos tornavam a relação dos meus avós ainda pior, meu vó batia muito nelas, as desrespeitavam eram poucos os dias bons entre aquela família, mais raros ainda os dias que se via afeto entre eles, apesar do amor de pai e filha.
Mesmo com os anos se passando o convívio entre minha mãe e o pai dela só piorava, quando ela tinha lá seus dezoito anos minha vó decidiu ir embora e a deixar aqui morando com o seu pai, que por fim já estava em um outro relacionamento, convivendo com aquela nova família ela conheceu o irmão da nova mulher de seu pai, que morava para fora, tinha uma vida mais simples, nele minha mãe encontrou o carinho e o afeto que nunca havia recebido dos pais, foram criando laços cada vez mais fortes, foi por seu relacionamento com seu pai piorar depois de uma briga onde os dois acabaram se agredindo, ela decidiu viver uma nova história ao lado do homem que lhe mostrou que era possível ser feliz longe daquele mundo de violência e brigas.
Apesar de não ser acostumada com a vida no interior ela largou tudo e foi em busca de um lugar melhor, morando com meu pai os sogros e os irmãos dele e os pais, no começo era tudo mais fácil, todos a trataram bem, os ajudaram a construir a casinha deles, simples mas pelo que conta a minha mãe foi muito especial ela ter sua própria casa, logo após ela engravidou da minha irmã que hoje tem 21 anos, a vida era difícil, meu pai trabalhava no mato e a mãe cuidava da casa, naquele tempo tinha que buscar agua no poço, as roupas eram lavadas em açudes, sem falar na distância da cidade. Passado mais alguns anos minha mãe engravidou de mim, foi nessa época que a relação entre meus pais começou a piorar, ele tinha muito ciúmes por ela se da cidade, era autoritário de mais, nada ela podia fazer, fora minha avó paterna que fazia muitas intrigas e não tratava ela muito bem, com o passar do tempo ele começou a beber e a ficar mais agressivo o que piorou a situação do casamento.
Quando eu tinha quatro anos minha mãe decidiu que queria ir embora, voltar a morar com sua mãe, mas a família do meu pai a impediram, ele mesmo disse que ela só poderia ir embora se as filhas ficassem. Sabendo que não poderia nos deixar lá, a mãe pediu ajuda a uma vizinha que acompanhava a história, e aos poucos elas iam levando algumas roupas para casa dessa vizinha.
Em um dia quando o pai foi trabalhar, saiu cedinho como sempre ela resolveu que não podia passar daquele momento, pegou as poucas coisas que ainda restavam e fomos embora a pé pois ninguém da família podia ver ou poderiam a impedir de nos levar. Foi muito triste sair de lá, passar por todo o sofrimento de separação, de brigar por guarda, o pior era ver meu pai sofrer, mas hoje eu entendo que o melhor foi sair de lá, minha mãe já havia sofrido muito e ela pensou em nós também pois se hoje somos adultas, formadas, trabalhando lutando pelo que a gente quer, cada vez mais batalhando e crescendo na vida foi pelo esforço dela que bem dizer superou todos os problemas e nos deu tudo que podia.
Amo muito o meu pai mas a vida que teríamos se morássemos lá não seria a mesma e ele errou muito enquanto foi casado com ela, mas apesar de tudo, da distância, de nos ver pouco, dele nunca ter pensado em sair de lá para se aproximar mais de nós, ele fez o que pode e sei que as filhas são os maiores orgulhos da vida dele, por nós estarmos construindo as nossas vidas e fazendo o que ele não pode fazer por falta de oportunidade.
Hoje em dia minha irmã é casada tem duas filhas que são as paixões dele, eu ainda moro com minha mãe e estou batalhando para ser alguém na vida e encher eles de orgulho, por mais que tenha sido difícil chegar na apresentação dos pais ou em qualquer evento como a minha formatura e não ter ele do meu lado, sei que é o jeito dele, e não culpo a minha mãe pois ela fez de tudo e só pensou no nosso bem.
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