Facebook Informações Ir direto ao conteúdo
História
Personagem: Nádia Campanholli
Por: Museu da Pessoa, 24 de agosto de 2016

As melhores escolhas

Esta história contém:

As melhores escolhas

Vídeo

Meu nome é Nadia Campagnoli, nasci no Município de Santo André, grande São Paulo, em 15 de julho de 1959. Meus pais são Edne di Angelo Campagnoli e Miguel Campagnoli Stupelli. Meu pai é filho direto de imigrantes italianos, então, ele veio de registro, a família migrou no passado para o Brasil e para a cidade de Registro e lá, tiveram atividades de agricultura, porque na Itália eram camponeses e depois de um tempo migraram para o ABC e minha mãe já era moradora da região e eles se conheceram em um baile de casamento de parentes em comum.

Como eu sou filha única, me sentia muito sozinha. Minha mãe muito cuidadosa, ela foi trabalhar fora quando eu tinha seis anos, mas ainda não podia me deixar na escola, porque a escola só começava a partir do Pré. Então, para trabalhar fora, ela me deixava na casa da minha avó materna e as lembranças que eu tenho já com quatro anos, cinco anos, sabe o Sitio do Pica Pau Amarelo? Igual! E adivinha se eu quis sair de lá? Não. A casa era uma lida muito parecida com o que se vê na história do Monteiro Lobato. E chegada a hora de ir para a escola, ser alfabetizada, eu não queria ir para a escola. Então, minha família em busca de uma solução, me colocou em uma escola que não seguia os métodos convencionais de ensino, chamava-se Escola Experimental Irmã Catarina e nessa escola que fui alfabetizada.

Depois desse período foi um momento difícil para mim porque eu fui aprovada para fazer o ginásio, no exame de admissão e mudei de escola. O ambiente era todo muito diferente, regras, horários, um modo diferente de aprendizado que as crianças estavam acostumadas e que eu tive que me adaptar. Além disso, eu também tive que sair da casa da minha avó e ser sozinha lá na casa dos meus pais, por rotinas diversas, circunstâncias familiares, eu fui para a minha casa de origem num bairro vizinho, para poder ir para a escola estadual, onde eu tinha passado na admissão. Foi bem chato na época.

Quando eu...

Continuar leitura

Dados de acervo

Baixar texto na íntegra em PDF

P/1 – Nadia, obrigada pela participação no nosso projeto. Eu vou começar te perguntando o seu nome completo, onde você nasceu e quando.

R – Meu nome é Nadia Campagnoli, nasci no Município de Santo André, grande São Paulo, em 15 de julho de 1959.

P/1 – Nadia, e o nome dos seus pais. Eles são vivos, ainda?

R – São vivos. Edne di Angelo Campagnoli e Miguel Campagnoli Stupelli

P/1 – Você tem irmãos e irmãs?

R – Não sou filha única.

P/1 – O quê que você pode contar da história dos seus pais, por exemplo, como que eles se conheceram?

R – Se conheceram num baile de casamento de parentes em comum. Minha mãe estava um pouco desiludida porque veio de um noivado que não deu muito certo. Aí quando o meu pai bateu os olhos nela, falou: “É essa”, e ela assim, um pouco incerta, de tentar um novo relacionamento e aí, teve uma tia em comum, digamos assim, que deu aquele incentivo para o namoro começar e aí, acho que depois de um ano e meio, estavam casados.

P/1 – O seu pai trabalhava com o quê? A sua mãe, fala um pouquinho deles.

R – Meu pai é filho direto de imigrantes italianos, então, ele veio de registro, a família migrou no passado para o Brasil e para a cidade de Registro e lá, tiveram atividades de agricultura, porque na Itália eram camponeses. Esse Campagnoli, inclusive, significa camponeses. Então, vieram, se instalaram em Registro e de Registro, aqueles que queriam estudar porque eram muitos filhos, sete irmãos, entre homens e mulheres, quiseram vir para São Paulo, mas Cidade de São Paulo era muito cara, então, ficaram um tempo trabalhando em tecelagem em São Paulo para juntar réis, eu não sei a relação de valor, em dinheiro agora para dizer para vocês, para juntar os réis para poder comprar um sitio na borda do campo, porque o grande ABC, Santo André da borda do campo, São Bernardo da borda do campo eram os terrenos cedidos da Monarquia para a República. Então, se você olhar nas escrituras...

Continuar leitura

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

fechar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

Informações

    fechar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

    Informações

      fechar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      fechar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.