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História
Por: Museu da Pessoa, 26 de abril de 2014

Agora Nadia pode viver tranquila em sua comunidade

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Agora Nadia pode viver tranquila em sua comunidade

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Meu nome é Nadia Lúcia da Silva Garrido, eu nasci no dia 11 de abril de mil novecentos e setenta e sete, aqui mesmo, na comunidade de Tumbira, na RDS do Rio Negro, na qual permaneço até hoje, no município de Iranduba, estado do Amazonas. A minha mãe, sempre cuidou de casa, o meu pai era carpinteiro naval, construtor de barcos. Fui muito apegada com ele... Eu só não acompanhava ele na carpintaria, mas sempre a gente ajudou muito, esteve junto. Ele trabalhava com barcos grandes, de 25, 30 metros, até hoje ainda tem muitos barcos que ele fez, grandes barcos turísticos. Aprendi a pescar com ele, com malhadeira, nunca de linha, mas com a minha mãe a gente pescava com caniço, no igapó.

Onde eu morava, quando eu era pequenininha, não tinha água encanada, então a gente carregava água do rio pra fazer alimentação, tomava banho no rio também. No final de semana, a gente carregava água na cabeça pra encher aqueles baldes pra passar a semana com água armazenada. Mas isso era uma diversão, porque a gente pulava n’água, carregava pra terra e enchia aquelas panelas. Lavava roupa na beira do rio, tomava banho, lavava louça, tudo era feito no rio... E geladeira, sempre tivemos, mas a gás, que na época não tinha energia, papai comprava a gás. Todos nós passamos nossa infância e juventude morando no sítio, saía pra estudar e retornava. O banho no rio até hoje é divertido, é inesquecível, dá pra reviver isso tudo, não como infância, mas como uma coisa boa. Aqui ainda tem gente que lava roupa no rio, por ser mais espaçoso, tem mais abundância de água, então os panos maiores são lavados no rio. Às vezes [brincava] de mergulhar e de manja pega, que chama mãe d’água, a gente nadava, o outro quando pegava, era aquele que ia pegar os outros... Estudei em Novo Airão, fui pra Manaus e depois voltei pra cá, eu conclui o Ensino Médio depois que essa escola daqui foi fundada. A minha primeira professora foi minha mãe, embora ela tenha...

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Plano Anual de Atividades 2013 – PRONAC 128.976 - Whirlpool

Depoimento de Nadia Lúcia da Silva Garrido

Entrevistada por Márcia Trezza e Eliete Pereira

Iranduba, 26 de abril de 2014

WHLP_HV018_Nadia Lúcia da Silva Garrido

Realização Museu da Pessoa

Transcrito por Claudia Lucena

MW Transcrições

P/1 – Nadia, a gente vai começar a entrevista, fala o seu nome completo.

R – Meu nome completo é Nadia Lúcia da Silva Garrido.

P/1 – Onde você nasceu, Nadia?

R – Eu nasci aqui mesmo, na comunidade de Tumbira, na RDS do Rio Negro, na qual eu permaneço até hoje.

P/1 – Qual é o município aqui?

R – Município de Iranduba.

P/1 – No Estado do Amazonas, né?

R – Sim.

P/1 – Qual a data?

R – Do ano que eu nasci? Mil novecentos e setenta e sete.

P/1 – E o dia e mês?

R – Dia 11 de abril.

P/1 – Onze de abril de 1977?

R – Isso.

P/1 – E o nome dos seus pais, Nadia?

R – O nome do meu pai é José Garrido Filho e da minha mãe é Raimunda Pereira da Silva.

P/1 – Qual a atividade deles?

R – A minha mãe, sempre ela cuidou de casa mesmo, né, o meu pai era carpinteiro, construtor de barcos, carpinteiro naval.

P/1 – Desde sempre ele construiu barcos?

R – Sempre, só parou mesmo depois dos 80, acho que com 80 anos ele parou de trabalhar com isso.

P/1 – Quando você lembra de um tempo atrás que lembranças você tem dele?

R – Ah, eu tenho muita coisa bonita, assim, que a gente viveu junto também, até agora, graças a Deus, ele tá aqui ainda, né, mas eu lembro que desde pequenininha, assim, eu fui muito apegada com ele, pescava na canoa com ele, andava com ele pra soltar malhadeira também, pra pegar peixe de malhadeira, né? Então sempre assim, a gente fazia umas atividades junto, eu não acompanhava ele na carpintaria porque isso não, mas sempre a gente ajudou muito, teve junto.

P/1 – Você lembra dele construindo barco?

R – Lembro sim, lembro, porque sempre eu tive perto, né, então o estaleiro no...

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