O nome da entrevistada é Célia Regina Kawakami; ela tem 71 anos, é ex-professora e agora está aposentada. Ela é imigrante de família de portugueses.
O seu pai veio para o Brasil por volta de 1925, em busca de trabalho nas lavouras, pois ele tinha uma vida muito difícil em Portugal, e na época, tinha a possibilidade de vir para o Brasil e trabalhar durante 2 anos. Ele, então, decidiu se aventurar.
José Gomes, pai de Célia, sempre comentava que foi uma experiência muito difícil e complicada, mas que no fim valeu a pena.
Após os 2 anos, José tinha pouco dinheiro, então, mais uma vez, decidiu se aventurar, só que dessa vez em São Paulo, e deu certo.
Logo depois de se estruturar aqui em São Paulo, ele volta para Portugal, e busca a sua namorada, que pouco tempo depois virou a sua esposa.
Após um tempo, o casal teve 4 filhos, sendo 2 homens e 2 mulheres. Célia foi a segunda a nascer. Depois de passar a sua infância, logo aos 17 anos, já precisou começar a trabalhar vendendo livros.
Mais tarde, ela se casou, teve duas filhas, fez faculdade de Geografia e de Estudos Sociais, e acabou se tornando uma professora de Geografia no Ensino Médio, mas pouco tempo depois foi para o Ensino Fundamental.
Sua rotina era complicada, porque como toda professora, trabalhava muito. Então ela saía de casa cedo e só voltava bem tarde, e tudo isso para dar uma vida melhor para sua família, que por mais que não passassem necessidade, sempre foi um objetivo para ela dar a melhor vida possível a todos.
Ainda na sua adolescência, o seu pai disse que não iria pagar faculdade para as mulheres, mas só para os homens, o que foi um baque muito grande para ela, mas para época isso era normal. Com isso, logo aos 17 anos, começou a vender livros de porta em porta para conseguir o dinheiro necessário para fazer a sua faculdade. Dito e feito: depois de 1-2 anos, ela conseguiu o dinheiro e começou a faculdade, tudo isso incentivada pela sua mãe, que para...
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O nome da entrevistada é Célia Regina Kawakami; ela tem 71 anos, é ex-professora e agora está aposentada. Ela é imigrante de família de portugueses.
O seu pai veio para o Brasil por volta de 1925, em busca de trabalho nas lavouras, pois ele tinha uma vida muito difícil em Portugal, e na época, tinha a possibilidade de vir para o Brasil e trabalhar durante 2 anos. Ele, então, decidiu se aventurar.
José Gomes, pai de Célia, sempre comentava que foi uma experiência muito difícil e complicada, mas que no fim valeu a pena.
Após os 2 anos, José tinha pouco dinheiro, então, mais uma vez, decidiu se aventurar, só que dessa vez em São Paulo, e deu certo.
Logo depois de se estruturar aqui em São Paulo, ele volta para Portugal, e busca a sua namorada, que pouco tempo depois virou a sua esposa.
Após um tempo, o casal teve 4 filhos, sendo 2 homens e 2 mulheres. Célia foi a segunda a nascer. Depois de passar a sua infância, logo aos 17 anos, já precisou começar a trabalhar vendendo livros.
Mais tarde, ela se casou, teve duas filhas, fez faculdade de Geografia e de Estudos Sociais, e acabou se tornando uma professora de Geografia no Ensino Médio, mas pouco tempo depois foi para o Ensino Fundamental.
Sua rotina era complicada, porque como toda professora, trabalhava muito. Então ela saía de casa cedo e só voltava bem tarde, e tudo isso para dar uma vida melhor para sua família, que por mais que não passassem necessidade, sempre foi um objetivo para ela dar a melhor vida possível a todos.
Ainda na sua adolescência, o seu pai disse que não iria pagar faculdade para as mulheres, mas só para os homens, o que foi um baque muito grande para ela, mas para época isso era normal. Com isso, logo aos 17 anos, começou a vender livros de porta em porta para conseguir o dinheiro necessário para fazer a sua faculdade. Dito e feito: depois de 1-2 anos, ela conseguiu o dinheiro e começou a faculdade, tudo isso incentivada pela sua mãe, que para época, tinha uma visão muito avançada.
Para Célia, ter pais vindos de Portugal não influenciava sua vida, mas, segundo ela, a sua visão de mundo era influenciada, pois ela tinha e tem muito da cultura portuguesa.
Em relação à tecnologia, a sua família tinha dinheiro o suficiente para comprar os produtos de ponta da época, então, na sua casa havia televisão, geladeira e máquina de lavar. Célia conta no vídeo, que na rua onde morava, sua família era a única que tinha essas tecnologias, e por essa razão, durante as tardes, era comum os seus vizinhos irem até sua casa para assistirem à novela, por exemplo, e sua mãe fazia bolo e biscoitos.
Uma coisa bem marcante para ela foi a educação que ela recebeu em sua infância, pois os portugueses são bem rígidos e grossos em relação aos brasileiros; então, segundo ela, isso foi uma coisa que a ajudou a formar o seu caráter e a sua opinião. E ela pôde passar todas essas vivências para os seus filhos e netos.
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