A entrevistada se chama Maria Erharter Otta, ela nasceu em 13/08/1926 e atualmente está com 96 anos de idade. Ela veio da áustria para o Brasil em 31/07/1934, junto com mais de 200 pessoas.
Ela e sua família saíram dos Alpes, foram para a Itália e, depois, pegaram um navio para o Brasil, e desembarcaram em Santa Catarina, de noite, em uma época que não havia muitos recursos. Quando ela chegou, ainda era uma criança, e junto vieram seus pais e 5 irmãos, mas, com o tempo, aqui no Brasil nasceram mais 7 irmãos.
Quando chegaram aqui, as mulheres embarcavam em uma carroça de boi e os homens iam a pé, até chegarem à terra que era separada, parte para eles plantarem, parte para eles viverem. Chegando aqui, a vida foi muito difícil, porque tudo era mato e não tinha possibilidade nenhuma de vender nada, mas com o tempo, foram plantando coisas e cultivando outras, até que se estabeleceram.
Mas isso não veio sem esforço: ela, desde de que se conhece por gente, trabalhava no campo, com agricultura e com animais do tipo: bois, vacas, galinhas e porcos. Sua rotina de trabalho era acordar às 6 da manhã e passar a maior parte do dia fazendo coisas e, um pouco antes do sol se pôr, ela ia dormir para acordar no dia seguinte e repetir essa rotina. No Brasil, a vida estava melhor do que na áustria, porque, apesar de não ter dinheiro para quase nada, na áustria a situação econômica não era boa e também não tinha comida o suficiente para toda a sua família.
No dia a dia não se usavam sapatos para caminhar e nem para trabalhar; ela e a família andavam descalços; a única ocasião em que eles usavam sapatos era quando iam à missa ou à igreja, e isso devido à grande crença que a família dela tinha no cristianismo.
Quando ela chegou ao Brasil, já estava alfabetizada. Junto com a sua vinda, veio também a escola Alemã, que era uma escola muito boa.; Quando ela começou a frequentar a escola brasileira, não havia muita coisa que estava sendo...
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A entrevistada se chama Maria Erharter Otta, ela nasceu em 13/08/1926 e atualmente está com 96 anos de idade. Ela veio da áustria para o Brasil em 31/07/1934, junto com mais de 200 pessoas.
Ela e sua família saíram dos Alpes, foram para a Itália e, depois, pegaram um navio para o Brasil, e desembarcaram em Santa Catarina, de noite, em uma época que não havia muitos recursos. Quando ela chegou, ainda era uma criança, e junto vieram seus pais e 5 irmãos, mas, com o tempo, aqui no Brasil nasceram mais 7 irmãos.
Quando chegaram aqui, as mulheres embarcavam em uma carroça de boi e os homens iam a pé, até chegarem à terra que era separada, parte para eles plantarem, parte para eles viverem. Chegando aqui, a vida foi muito difícil, porque tudo era mato e não tinha possibilidade nenhuma de vender nada, mas com o tempo, foram plantando coisas e cultivando outras, até que se estabeleceram.
Mas isso não veio sem esforço: ela, desde de que se conhece por gente, trabalhava no campo, com agricultura e com animais do tipo: bois, vacas, galinhas e porcos. Sua rotina de trabalho era acordar às 6 da manhã e passar a maior parte do dia fazendo coisas e, um pouco antes do sol se pôr, ela ia dormir para acordar no dia seguinte e repetir essa rotina. No Brasil, a vida estava melhor do que na áustria, porque, apesar de não ter dinheiro para quase nada, na áustria a situação econômica não era boa e também não tinha comida o suficiente para toda a sua família.
No dia a dia não se usavam sapatos para caminhar e nem para trabalhar; ela e a família andavam descalços; a única ocasião em que eles usavam sapatos era quando iam à missa ou à igreja, e isso devido à grande crença que a família dela tinha no cristianismo.
Quando ela chegou ao Brasil, já estava alfabetizada. Junto com a sua vinda, veio também a escola Alemã, que era uma escola muito boa.; Quando ela começou a frequentar a escola brasileira, não havia muita coisa que estava sendo ensinada que ela já não tinha aprendido; então, costurar e cozinhar foram as únicas coisas a mais ensinadas a ela. O único problema com a escola Alemã eram o padre e os professores, porque eles só falavam alemão, então no início teve um grande problema linguístico. Mas com o tempo, ela foi aprendendo com a escola brasileira e com as pessoas de Santa Catarina a se comunicar em português.
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