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História
Por: Museu da Pessoa, 26 de junho de 2010

A vida como era e como pode ser pra frente

Esta história contém:

A vida como era e como pode ser pra frente

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O garimpo se tornou negócio aqui em 77. Vieram uns seis homens pra essa pesquisa. Aí apareceram uns maranhenses atrás de garimpo também. Eu disse: “rapaz, eu sei onde tem, que os peões trabalharam, mas não sei a quantia que dá.” Nós nos ajeitamos e fomos. Chegamos lá, eles começaram a cuiar e viram as fagulhas de ouro lá. Aí, se animaram, foram quebrar cascalho. Quebraram um monte de cascalho lá e foram lavar. Lavaram aquele monte de cascalho e, quando acabaram, a caixa estava amarelinha de ouro! Mas muito mesmo. Eles se animaram e disseram: “rapaz, se tu quiser trabalhar aqui, tira um pedaço pra tu que vamos pra Porto Velho pra botar gente da minha praça, pra ganhar dinheiro aqui.” Eu fui pra lá, trabalhar pra um paraibano, velho bandido. Aquele paraibano enganou muita gente. Você quebrava cascalho e ficava alí, ele lavava o cascalho, ele espremia e ninguém via. Ele ia vender sozinho e ninguém sabia. Quando ele chegava: “O ouro deu tanto.” Nada, ele logrou muita gente lá, na época do garimpo.

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Joaquim Gonçalves Mendes (Seu Belisca)

legenda: Joaquim Gonçalves Mendes (Seu Belisca)

período: Ano 2010
local: Brasil / Rondônia / Mutum Paraná
tipo: Fotografia

Joaquim Gonçalves Mendes (Seu Belisca)

legenda: Joaquim Gonçalves Mendes (Seu Belisca)

período: Ano 2010
local: Brasil / Rondônia / Mutum Paraná
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Joaquim Gonçalves Mendes (Seu Belisca)

legenda: Joaquim Gonçalves Mendes (Seu Belisca)

período: Ano 2010
local: Brasil / Rondônia / Mutum Paraná
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Joaquim Gonçalves Mendes (Seu Belisca)

legenda: Joaquim Gonçalves Mendes (Seu Belisca)

período: Ano 2010
local: Brasil / Rondônia / Mutum Paraná
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Dados de acervo

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Depoimento de Joaquim Gonçalves Mendes, “Seu Belisca”

Entrevistada por Gustavo Ribeiro Sanchez

Mutum, 26/06/2010

Realização Museu da Pessoa

Entrevista MB_HV132

Transcrito por Karina Medici Barrella

Revisado por Sinei Sales

P/1 – Pra começar, vou pedir pro senhor falar o seu nome completo, o local e a data que o senhor nasceu.

R – O meu nome completo é Joaquim Gonçalves Mendes. Nasci em Guajará, mas me criei pro Amazonas. Nasci no dia 16 de janeiro de 1933.

P/1 – E, seu Joaquim, todo mundo chama o senhor de seu Joaquim ou tem algum apelido?

R – Alguns me chamam de Belisca. Aqui bem pouca gente sabia meu nome quando eu cheguei; era só Belisca. Se chegasse uma correspondência no meu nome mesmo, ninguém sabia quem era. Agora já sabem; um bocado deles aqui já sabe o meu nome.

P/1 – Seu Joaquim, o senhor nasceu em...?

R – Guajará.

P/1 – Lá em Guajará o senhor foi criado pela sua mãe e seu pai? Como é que foi?

R – Não, eu só nasci lá. Tem no registro, mas eu acho que vim de lá pequenininho. Eu me criei aqui pro Amazonas e, que eu me lembre mesmo, lembro das passagens no Amazonas.

P/1 – E do Amazonas, você se lembra de quem? Você foi criado com quem?

R – Eu fui criado com meu pai e minha mãe até um tempo. Depois, eles se deixaram e meu pai debandou. Eu fiquei com minha mãe o tempo todo, me criei com ela.

P/1 – E o que os seus pais faziam da vida?

R – Ele cortava seringa e ela trabalhava em lavoura.

P/1 – Cortava seringa onde?

R – Cortava seringa em Três Casas. Nesse tempo, Três Casas era dos Lobos. Depois cortou no Pariri, Pariri era do R.C. Santo. Foi lá no Pariri que eles se deixaram. Ele mudou pra outro canto e nós ficamos lá no Pariri. Do Pariri nós fomos pro Bom Futuro, nesse tempo era Valdemar Carvalho. Passamos uns anos no Bom Futuro, de lá nós entramos no Igarapé do Acará e fomos morar em um lugar lá perto do Igarapé do Jacaré, uma colocação chamada...

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Título: A vida como era e como pode ser pra frente

Data: 26 de junho de 2010

Local de produção: Brasil / Rondônia / Mutum Paraná

Entrevistador: Gustavo Ribeiro Sanchez
Transcritor: Karina Medici Barrella
Autor: Museu da Pessoa

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