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História
Personagem: Orlando Burgo
Por: Museu da Pessoa,

A tradicional Casa Burgo

Esta história contém:

A tradicional Casa Burgo

Vídeo

Eu sou Orlando Burgo. Nasci no município de Jaú, em 13 de novembro de 1931. Sou filho de Antônio Burgo e Júlia de Carvalho Burgo. Esse nome é de origem austríaca, pois o meu avô era austríaco. Eu nasci numa fazenda chamada Alfredo Veríssimo, no município de Jaú. Depois de um tempo, o papai resolveu ir para o lado de Macatuba trabalhar na fazenda de um coronel. Mais tarde, convidado pelo meu avô, ele assumiu uma loja comercial, que naquela época era chamada de venda. Ali você comprava o arroz, feijão, a caixa de fósforo, você comprava tecido, comprava quase tudo. E era um bairro chamado Bairro dos Macacos.

Ele ficou lá por uns três anos, mas não se deu bem com meu avô. Aí, um senhor que tinha outra venda, no Bairro dos Bambus – em Pederneiras -, porque só tinha bambu naquele lugar, falou: "’Seu’ Burgo, assuma minha loja aí, porque eu não consigo tocar”. E meu pai assumiu essa loja e foi muito feliz. Eu acho que nós ficamos lá uns quatro ou cinco anos, aí ele vendeu e veio pro centro de Pederneiras montar uma loja dele. E como ele era muito comerciante, meu pai era um homem muito inteligente, ele preparou a loja e vendeu.

Depois disso, ele comprou mais uma loja, bem perto da linha férrea de Pederneiras. Ali também ele ficou por muito tempo, calculo uns cinco anos, e vendeu. E nesse tempo, apareceu um senhor chamado Giovenazzi. ‘Seu’ Giovenazzi tinha uma loja de calçado e falou: "Seu Burgo, eu quero ir pra São Paulo”. Ele respondeu: "Mas eu não conheço, não sei nada de sapato”. E ele: "Eu vou ficar em Pederneiras com o senhor por mais 60 dias e vou ensiná-lo a trabalhar com calçado”. E, mais ou menos no ano de 1942, ele assumiu a loja e começou a trabalhar. Aí eu já era obrigado a trabalhar com o meu pai. Eram umas vitrines, até era uma loja muito boa em Pederneiras. "Como que eu faço as vitrines, ‘seu’ Giovenazzi?" "Você tira, limpa, aí...

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Projeto Memórias do Comércio 2020-2021 – Módulo Bauru

Entrevista de Senhor Orlando Burgo

Entrevistado por Cláudia Leonor e Wiliam Carneiro

Bauru, 26 de janeiro de 2021

Entrevista MCHV_014

Transcrita por Selma Paiva

P1: Ô, ‘seu’ Orlando, obrigada pela presença do senhor, por o senhor ter aceito o convite aqui pra gente.

R1: É um prazer, viu?

P1: É muito bom mesmo, viu? Porque a Casa Burgo é uma referência aqui em Bauru, na parte de calçados, né?

R1: Ela foi e continua ainda, com outro proprietário.

P1: Isso. Mas, seu Burgo, vamos conversar, assim, um pouquinho, assim: qual o nome completo do senhor, o local e a data de nascimento?

R1: Pode deixar. Eu vou... vou começar pelo... eu nasci no município de Jaú, na data de 13 de novembro de 1931. O meu nome é Orlando Burgo, filho de Antônio Burgo e Júlia de Carvalho Burgo.

P1: E, ‘seu’ Orlando, Burgo é um sobrenome de origem italiana ou espanhola?

R1: Não. Nem espanhola e nem italiana. É austríaco. O meu avô era austríaco.

P1: E como que eles vieram pro Brasil, ‘seu’ Orlando?

R1: Olha, eu... eles se conheceram... os meus avós se conheceram no Brasil e se casaram aqui e, deles, eu tenho três tios, que eu conheci, todos falecidos e e nós começamos praticamente... eu nasci numa fazenda chamada Alfredo Veríssimo, no município de Jaú. E, depois de um tempo, o papai resolveu, veio para o lado de Macatuba, ele trabalhou numa fazenda de um coronel. E, mais tarde, ele, convidado pelo meu avô, assumiu uma loja comercial que, naquela época, era chamada venda. Ali você comprava o arroz, feijão, a caixa de fósforo, você comprava tecido, comprava quase tudo. E era um bairro chamado Bairro dos Macacos.

P1: Hum!

R1: Ele ficou lá por uns três anos, mas como ele não se deu bem com meu avô, porque português é triste, viu? Quando eles encrencam, eles não querem saber. Aí meu pai saiu. E meu pai foi muito feliz. Meu pai foi muito feliz, por quê? Porque ele era conhecido na cidade...

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Título: A tradicional Casa Burgo

Local de produção: Brasil / Bauru

Autor: Museu da Pessoa
Personagem: Orlando Burgo

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