No início do bairro Cristina C, grande parte das moradias seguia o padrão da COHAB. Elizabeth da Silva conta que foi a primeira moradora de seu prédio, permanecendo assim durante seis meses, sendo ela quem solicitou água e luz para o local.
No início, não havia comércio na região, existindo apenas um mercado na atual Avenida Brasília, que sequer atendia a todas as necessidades da população. Logo, era necessário o deslocamento até Belo Horizonte para se obterem mantimentos. A situação seguiu assim até a inauguração do supermercado Ribas. Para Elizabeth, que trabalhava em Belo Horizonte, a questão do comércio não era um problema significativo, apesar do incômodo em carregar pesadas sacolas por um longo trajeto.
A questão que mais marcou Elizabeth foi o fato de não ter tido tempo de criar seus filhos como gostaria, pois trabalhava o dia todo em outra cidade. Seus filhos acabaram por serem criados com a ajuda de vizinhos que, segundo a moradora, eram muito unidos. A vizinhança estava sempre disposta a ajudar; inclusive, costumavam passar datas comemorativas, como Natal e Ano Novo, juntos. De acordo com Elizabeth, foram incontáveis as vezes em que, quando um de seus filhos se acidentava, seus vizinhos prontamente os levavam aos hospitais da região, que na época eram poucos. Até a construção da UPA, o hospital São João de Deus era o único ao qual se podia recorrer. Ademais, para se chegar até ele, era necessário o uso de ônibus ou carro, já que na época não havia ambulâncias ou Samu na região.
Os meios de locomoção, principalmente os ônibus, sempre foram problemáticos na região. De início, existiam apenas dois ônibus; um que ia para Belo Horizonte e outro que passava pelo Cristina A. A situação melhorou um pouco após a inauguração do Cristina B, quando finalmente começou a passar ônibus pelo bairro.
Segundo uma lenda urbana da região, algumas ruas do bairro levam o nome das vítimas de um acidente de ônibus...
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No início do bairro Cristina C, grande parte das moradias seguia o padrão da COHAB. Elizabeth da Silva conta que foi a primeira moradora de seu prédio, permanecendo assim durante seis meses, sendo ela quem solicitou água e luz para o local.
No início, não havia comércio na região, existindo apenas um mercado na atual Avenida Brasília, que sequer atendia a todas as necessidades da população. Logo, era necessário o deslocamento até Belo Horizonte para se obterem mantimentos. A situação seguiu assim até a inauguração do supermercado Ribas. Para Elizabeth, que trabalhava em Belo Horizonte, a questão do comércio não era um problema significativo, apesar do incômodo em carregar pesadas sacolas por um longo trajeto.
A questão que mais marcou Elizabeth foi o fato de não ter tido tempo de criar seus filhos como gostaria, pois trabalhava o dia todo em outra cidade. Seus filhos acabaram por serem criados com a ajuda de vizinhos que, segundo a moradora, eram muito unidos. A vizinhança estava sempre disposta a ajudar; inclusive, costumavam passar datas comemorativas, como Natal e Ano Novo, juntos. De acordo com Elizabeth, foram incontáveis as vezes em que, quando um de seus filhos se acidentava, seus vizinhos prontamente os levavam aos hospitais da região, que na época eram poucos. Até a construção da UPA, o hospital São João de Deus era o único ao qual se podia recorrer. Ademais, para se chegar até ele, era necessário o uso de ônibus ou carro, já que na época não havia ambulâncias ou Samu na região.
Os meios de locomoção, principalmente os ônibus, sempre foram problemáticos na região. De início, existiam apenas dois ônibus; um que ia para Belo Horizonte e outro que passava pelo Cristina A. A situação melhorou um pouco após a inauguração do Cristina B, quando finalmente começou a passar ônibus pelo bairro.
Segundo uma lenda urbana da região, algumas ruas do bairro levam o nome das vítimas de um acidente de ônibus que ocorreu há vários anos. Além disso, conta-se que, durante a noite, é possível ouvir o choro das crianças que morreram nesse acidente.
Texto a partir do relato de Elizabeth da Silva em entrevista realizada em junho de 2019.
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