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História
Por: Museu da Pessoa, 3 de março de 2012

A sina da Borges Lagoa

Esta história contém:

A sina da Borges Lagoa

Vídeo

“Eu sempre tive atração pela área médica, sempre tive um deslumbramento. Mas nas minhas condições de juventude seria muito difícil pensar em seguir carreira: ou eu teria que trabalhar ou estudar, porque para você passar numa faculdade, numa Fuvest ou alguma coisa assim, era preciso ralar muito. A vontade era grande, mas o fato é que deu uma balançada. E aí... O que faz? Tive que trabalhar mesmo. Passei por vários empregos, andei aqui, andei ali, até que um dia eu fui a uma agência de empregos, acho que na Lapa. Eu tinha saído da Hermes Macedo na época e fui fazer uma entrevista. Falaram que tinha aparecido essa possibilidade em Tamboré; Tamboré, Alphaville. E aí aconteceu um acaso feliz, porque eu não tinha ideia do que a empresa fazia. Assim que acabou a entrevista, tal, a moça falou: nossa empresa lida com material hospitalar. E depois de uma semana acabei sendo contratado. Isso foi um acaso mesmo e, nessa parte, eu confesso que fiquei bem contente. Trabalhei um pouco com venda interna e mais tarde fui promovido para fazer a parte externa; quer dizer, visitação em hospitais, clínicas. Você ia até o local, apresentava o produto; eles testavam, ficava por um período no hospital, e disso se formava a opinião para o médico passar para o Departamento de Compras. Se fosse um órgão público, abria uma licitação; se não, era uma compra. Isso sempre envolvia valores grandes, então você sempre tinha que mostrar para eles, para eles pegarem confiança e perceberem a diferença do produto para ver se iam comprar ou não. E foi nessa época, nessas andanças, que eu comecei a ter contato com a Rua Borges Lagoa. Ela já era bem conhecida por atender hospitais dali da região, como o Hospital São Paulo, Hospital Edmundo Vasconcelos. A Casa Fretin, que começou no centro de São Paulo, na São Bento, foi, acredito, a primeira casa a vender produtos médicos ali. Depois vieram a Cirúrgica Fernandes, a Cirúrgica São Paulo. E com...

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Dados de acervo

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P/1 – Bom. Sr. Marcelo, primeiramente muito obrigado por aceitar o nosso convite em participar desse projeto. Pra gente começar nossa entrevista eu gostaria que o senhor falasse pra gente o seu nome completo, o local e a data do seu nascimento.

R – Meu nome é Marcelo Dias de Moraes, nasci em 24 de julho de 1967 em Perus, aqui no bairro de São Paulo.

P/1 – E o nome dos seus pais?

R – Dionísio Dias de Moraes e Josefa Almerinda Jacinto de Moraes.

P/1 – E o senhor tem irmãos ou irmãs?

R – Tenho. Tenho quatro irmãos, dois falecidos e dois ainda...

P/1 – E o senhor ainda era o mais velho ou o mais novo?

R – Eu sou o do meio, praticamente, né, porque a minha irmã mais velha foi a primeira filha, mas morreu com três meses de idade. Aí eu tenho um irmão mais velho, que ainda é vivo né, está com 54 anos. Tenho um irmão acima de mim, o Adilson, que faleceu há quatro anos, morreu de câncer, né, e tenho um caçula, que é o Márcio.

P/1 – E, bom o senhor é de Perus. Tem como o senhor contar pra gente como é que era a sua infância lá no bairro de Perus?

R – Lá ainda eram tempos áureos né, do dia-a-dia de hoje. Como Perus é o último bairro de São Paulo, então está coberto de muito verde e tudo. Então era bem... Ainda tinham as brincadeiras de rua, que hoje em dia a gente não tem mais, né, brincar de bicicleta, taco, toda essa parte, bolinha de gude, carrinho, e hoje já perdeu essa essência.

P/1 – E por ser o último bairro de São Paulo era um local com bastante gente ou era pouco habitado?

R – Não, até que um local assim; a população é meio difícil dizer, porque cresceu na época. Não tenho uma base muito sólida de quantas pessoas, mas é um bairro que tinha uma ascendência, né, por ser o último bairro de São Paulo perto do interior, Caieiras, Franco da Rocha. Então teve um crescimento muito grande.

P/1 – E o senhor sabe dizer por qual motivo os seus pais foram pra Perus ou se já nasceram lá...

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