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História
Personagem: Luciana Fuschini Nave
Por: Museu da Pessoa, 13 de novembro de 2020

A sensibilidade e a inteligência feminina como um diferencial

Esta história contém:

A sensibilidade e a inteligência feminina como um diferencial

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Sei, sei a história [do meu nome]. Foi meu irmão. Meu irmão tem seis anos de diferença, ele é mais velho e ele chegou pra minha mãe falou assim: “Eu gostaria de ter uma irmã”, ela falou: “Mas a gente não pode escolher se é filho ou filha, né? É o que papai do céu mandar”, ele falou: “Não, eu sei que vai ser uma menina e o nome dela é Luciana”, ela falou: “Não, mas não é assim”, ele falou: “É mãe, pode acreditar em mim, a Luciana vem”, e ele que falava, me chamava de Luciana, então quando a minha mãe engravidou, ela falou: “Vou tentar”, minha mãe engravidou, e veio a Luciana. Ele falou: “Eu não falei?” É como se ele já soubesse. Ele sempre me chamou, porque foi ele que escolheu, foi o meu irmão.

Memórias de infância de polícia [eu] não [tenho], mas eu sofri um sequestro aos dezoito anos que me fez decidir ser polícia. Então esse foi o momento que eu falei: “Não, acho que eu quero…”

Eu tinha dezoito anos, estava namorando há duas semanas e foi a primeira vez que meus pais me deixaram ficar sozinha, e eu fui sair… Mas eu tinha hora pra chegar em casa, meu pai era muito rígido, então eu tinha uma hora para chegar em casa, que era meia-noite. E tinha um louco maníaco que já estava me monitorando - e eu não sabia - já há um tempo, e ele conhecia os meus horários, então quando o meu namorado foi me deixar na porta de casa a meia-noite em ponto, ele chegou e rendeu a gente no carro com uma arma e entrou no carro e levou. Levou… Eu estava com uma máscara no rosto, ficou ameaçando. Levou a gente pro Porto (risos), era uma casa abandonada, nos fundos de uma casa abandonada.

Aquilo ali lançou uma semente, aquilo lançou a primeira semente, eu falei: “Puxa...”, eu fui para polícia, fui para delegacia, a coisa da investigação, eu falei: “Eu acho que tem alguma coisa...

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Dados de acervo

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P/1 - Então já que você é espiritualista, queria pedir para você, se pudesse, fechar os olhinhos, um segundo, conectar com aquilo que você acredita que te protege, o nome que você dá, conectar com essa energia do invisível. E aí a gente vai entrar agora na parte da sua história e eu queria que você buscasse dentro desse escuro, qual é a primeira lembrança que você tem dessa vida, a primeira memória.

R - Nossa, a primeira lembrança, difícil essa. Eu tenho fleches de lembrança da infância, mas a primeira… Eu tenho uma lembrança olfativa, pode ser?

P/1 - Pode ser olfativa.

R - Eu lembro do cheiro da minha mãe, eu tenho uma lembrança… A mais remota que eu achei foi do cheiro da minha mãe.

P/1 - Então já que você começou pela sua mãe, queria que você contasse um pouquinho da história dela.

R - Da minha mãe?

P/1 - É.

R - Ok. Minha mãe foi criada pelos avós, porque a mãe dela foi uma mulher muito à frente da época, que aos dezenove anos, na década de quarenta, separou do marido, então… Naquela época isso não existia, uma mulher não largava o marido. Minha mãe tinha dois anos de idade mais ou menos. Era uma mulher muito diferente da época dela, depois ela trabalhava, fumava. Depois ela foi trabalhar, né? Porque quando ela estava com o marido, ele não deixava ela fazer nada, e ela deu um grito de liberdade, mas naquela época, por conta da mentalidade da época, o juiz não deixou ficar com a minha avó, então ela foi criada pelos avós paternos, ela teve essa criação pelos avós, então foi uma criação bem diferente, porque você ser criado pelos avós é muito diferente, né? Então ela não teve tanto contato com a mãe - que veio depois - e ela casou aos dezoito anos, teve o meu irmão aos dezenove e eu aos 25, e ela trabalhou em casa, meu pai italianão, bem machista também, na época ela também não trabalhou, mas ela dava aula, dava aula em casa, e foi uma pessoa que foi sempre um exemplo de ser...

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Título: A sensibilidade e a inteligência feminina como um diferencial

Data: 13 de novembro de 2020

Local de produção: Brasil / Santos

Personagem: Luciana Fuschini Nave
Pesquisador: Luiza Gallo Favareto
Autor: Museu da Pessoa

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