Dona Hulda foi a primeira moradora do bairro Vale Verde, em Cubatão. é uma mulher guerreira, que enfrentou diversas lutas para melhorar o lugar que escolheu para viver. Ela nasceu na Região Sul do Brasil, onde teve uma infância boa. Seu único animal de estimação era um tanto quanto exótico: uma vaca chamada Preta, que seu pai vendeu quando ela estava com 5 anos. Na escola, entrou direto no 1o ano e já tinha que aprender a ler e a escrever. Lembra que a professora era rigorosa e que teve muita dificuldade em desenhar a letra E. Aos 26 anos, mudou-se para Cubatão, onde conheceu seu marido e nasceram suas duas filhas. Depois, ela comprou um terreno no Vale Verde. O bairro foi projetado para ser um condomínio de luxo, mas não tinha nenhuma estrutura, era só uma portaria, muitos terrenos e nenhum morador. Só podia construir a casa quem tivesse uma planta aprovada pela prefeitura. A família conseguiu o documento, iniciou a obra, mas foi impedida de se mudar para o bairro porque não havia finalizado a construção. Essa foi a primeira luta de dona Hulda. Quando conseguiu se mudar, enfrentou outro problema: não havia energia elétrica. Ficou por uma semana à luz de velas. Foi muitas vezes na prefeitura pedir para ligarem a energia do bairro e nada. Teve que comprar os postes de luz e doar para que fizessem sua instalação. Ela assinou o documento chorando, indignada. Para suas filhas frequentarem a escola, Hulda andava quilômetros para pegar um ônibus e levá-las. Ia à prefeitura todos os dias exigir seus direitos. Foi assim que conseguiu um transporte para deixar as crianças na escola mais próxima. Porém, as famílias do bairro tinham que pagar pelo serviço, enquanto os alunos de outros lugares não. Hulda ficou revoltada, achou isso muito injusto e se mobilizou junto a outras mães para reclamar com as autoridades. Como se vê, dona Hulda se uniu a outros moradores e ajudou o bairro a crescer de muitas maneiras. Lutou para a construção da...
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Dona Hulda foi a primeira moradora do bairro Vale Verde, em Cubatão. é uma mulher guerreira, que enfrentou diversas lutas para melhorar o lugar que escolheu para viver. Ela nasceu na Região Sul do Brasil, onde teve uma infância boa. Seu único animal de estimação era um tanto quanto exótico: uma vaca chamada Preta, que seu pai vendeu quando ela estava com 5 anos. Na escola, entrou direto no 1o ano e já tinha que aprender a ler e a escrever. Lembra que a professora era rigorosa e que teve muita dificuldade em desenhar a letra E. Aos 26 anos, mudou-se para Cubatão, onde conheceu seu marido e nasceram suas duas filhas. Depois, ela comprou um terreno no Vale Verde. O bairro foi projetado para ser um condomínio de luxo, mas não tinha nenhuma estrutura, era só uma portaria, muitos terrenos e nenhum morador. Só podia construir a casa quem tivesse uma planta aprovada pela prefeitura. A família conseguiu o documento, iniciou a obra, mas foi impedida de se mudar para o bairro porque não havia finalizado a construção. Essa foi a primeira luta de dona Hulda. Quando conseguiu se mudar, enfrentou outro problema: não havia energia elétrica. Ficou por uma semana à luz de velas. Foi muitas vezes na prefeitura pedir para ligarem a energia do bairro e nada. Teve que comprar os postes de luz e doar para que fizessem sua instalação. Ela assinou o documento chorando, indignada. Para suas filhas frequentarem a escola, Hulda andava quilômetros para pegar um ônibus e levá-las. Ia à prefeitura todos os dias exigir seus direitos. Foi assim que conseguiu um transporte para deixar as crianças na escola mais próxima. Porém, as famílias do bairro tinham que pagar pelo serviço, enquanto os alunos de outros lugares não. Hulda ficou revoltada, achou isso muito injusto e se mobilizou junto a outras mães para reclamar com as autoridades. Como se vê, dona Hulda se uniu a outros moradores e ajudou o bairro a crescer de muitas maneiras. Lutou para a construção da escola, da creche e do posto de saúde. Ela contou: Meu sonho se concretizou aqui! e se emociona ao lembrar de todas essas histórias. Maria Hulda Lazarino Barbosa tem 66 anos. é mãe, avó, esposa e uma mulher forte.
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