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História
Por: Museu da Pessoa, 11 de agosto de 2021

A Maré tem muita vida

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A Maré tem muita vida

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O nome do meu pai é Sérgio, Sérgio de Andrade, o nome da minha mãe é Marcília Souza de Andrade, eles ficaram juntos uns 38 anos, até ele falecer esse ano, eles conheceram aqui na Maré. Eles começaram a namorar muito cedo, acho que minha mãe me teve com 22 anos, meu pai deveria ter uns 27 quando eu nasci e eles ficaram juntos a vida inteira, casaram no papel há pouco tempo, há uns 12 anos atrás, teve casamento, teve festa, jogou buquê, eu peguei o buquê. Está difícil falar porque tem muito pouco tempo que ele faleceu, a gente ainda está muito triste.

Eu morava com a minha avó, com meu avô e com meus dois tios. Meu tio que é o irmão mais novo da minha mãe e um outro tio, o meu tio Keké, a gente tem uns apelido engraçado, e meu tio Inho morava com os dois, mas a minha avó e o meu avô.

Quando eu vim para cá, eu vim porque eu passei, eu vim para o ensino médio e antigamente tinha que escolher várias escolas, e eu lembro que eu escolhi várias escolas que não era o GP, e eu fui sendo recusada em todas as escolas, não tinha vaga, não tinha mais vaga, eu acabei parando aqui,mas foi importantíssimo ter vindo para cá, acho que se não tivesse vindo para o CDP, eu seria triste, só assim, porque eu não teria vindo morar aqui com a minha mãe possivelmente.

Foi bem difícil no início, a adaptação dos dois lados, bem difícil porque eu sempre fui muito independente, eu fazia as coisas do meu jeito sempre, e quando eu chego aqui meu pai tinha aquela coisa que ele queria. O teatro de início ele não ficou feliz. Depois ele virou todo fã.

Aí eu procurei um curso aqui na Rede, de Hip Hop, não de teatro, e aí eu vi que abriu o curso de teatro e eu era muito tímida, muito, muito, muito, muito, muito tímida e na minha cabeça teatro ia tirar minha timidez, só que eu não podia fazer teatro porque eu já estava fazendo hip-hop, e eu saí da Sede meio decepcionada. Aí o coordenador me viu saindo, me chamou, falou “olha vou...

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Entrevista de Jaqueline Souza de Andrade

Entrevistadoras: Paula Ribeiro / Tábata Lugão

11/08/2021

Realização: Museu da Pessoa

Projeto: Mulheres da Maré Dignidade Resiliência e Arte

Entrevista MDRA_HV009 (transcrição revisada)

00:01:18

P/1 - Bom dia Jaqueline.

R - Bom dia.

P/1 - Eu gostaria de inicialmente de agradecer a sua presença e o fato de você ter aceitado participar do nosso projeto, fornecendo um depoimento sobre sua trajetória de vida, sobre a sua história de vida pessoal e profissional, então agradeço a sua disponibilidade por compartilhar conosco um pouco da sua história.

R - Obrigada.

P/1 - Obrigada equipe. Queria começar do comecinho pedindo que você nos forneça seu nome completo, o local e data de nascimento, por favor Jaqueline.

R - Meu nome é Jaqueline Souza de Andrade, eu nasci aqui no Rio de Janeiro mais especificamente na Penha no dia 16/03/1986, eu tenho 35 anos no momento, 35 anos agora, chegou. Eu fiquei assim, depois que passou a festa, eu “caramba, 30 anos”, eu achei que eu ia ficar com 20 a vida inteira. Que nunca ia passar dos 20, estou chegando nos 40 já, muito doido.

00:02:47

P/1 - Conhece um pouco a história do seu nome, o nome Jaqueline foi dado mais pela mãe, pelo pai, como é que foi, por favor, a escolha do nome?

R - Essa é até uma história que é engraçada porque quando, não sei se agora ainda é assim, mas antigamente quem ia registrar era os pais, os homens, né? E quando eu nasci, meu pai foi me registrar, minha mãe deu um nome para ele, que era Cecília. Ele chegou lá no cartório e botou Jaqueline, ele achou do nada, ele nunca respondeu porque ele mudou o nome. Só sei que ele mudou o nome, eu achei ótimo porque eu acho que Cecília não ia combinar muito comigo, eu adoro o meu nome, mas ele saiu de casa com um nome e voltou com um outro nome para casa. Eu era para ser Cecília e virei Jaqueline e eu curto bastante é uma ideia que me agrada, me agradou no fim das contas....

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Título: A Maré tem muita vida

Data: 11 de agosto de 2021

Local de produção: Brasil / Rio De Janeiro

Entrevistador: Paula Ribeiro
Transcritor: Lids Ramos
Autor: Museu da Pessoa

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