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História

A minha infância foi marcante. Sempre fui meio solitário e sem criatividade. Lembro que sempre os outros criavam as brincadeiras que brincávamos. Eu era um observador. Sempre observando tudo e calado. Não era tão calado. Tinha a fama de ser conversador e, de fato, gostava muito de conversar. Entrava noite adentro de papo com o papai, que era ótimo em conversar. Mamãe reclamava que, quando saía comigo, eu não a deixava sossegada, sempre perguntando sobre tudo. Mamãe me chamava de “metido”, dizia que eu era “metido” a tudo. Era a forma carinhosa de me elogiar.

É impossível falar de minha infância sem mencionar o tempo todo meu irmão, o Abraão, que eu chamava de "Braão". Ele sempre me impressionou. É um ano mais velho do que eu e, desde pequenino, tinha fama de ser forte, inteligente e com jeito para fazer as coisas. Era sempre ele quem fazia as brincadeiras como carrinhos, cabanas, burrinhas etc.. Era de fato inteligente (e ainda é, claro). Eu sempre apanhava dele. Não que ele fosse mal e vivesse me batendo, mas nas brigas ele sempre me vencia. Era parrudo e tinha um muque bem feito, o que nós chamávamos de músculos.

O Abraão não gostava muito de estudar, apesar de inteligente. Acho que isso se dava porque ele se impressionava bastante com as coisas físicas e dedicava todo o seu esforço em construir coisas. Ele gostava de movimentos, não de uma sala de aula. Lembro-me bem de como o Paulão, o Edison e ele subiam em uma árvore, pé de vagem, que ficava em frente à escola, bem de frente da janela da secretaria. Eles subiam lá e ficavam jogando as vagens nas professoras. A escola vivia reclamando dele para a mamãe. As notas em seu boletim eram sempre baixas, mas ele, conversando, sempre demostrava interesses em algumas matérias específicas, como História, Geografia etc. A letra do Abraão era de forma e muito feia. Claro que isso era o seu comportamento de menino. Abraão cresceu. Quando ainda...

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