Meu nome é Laysa Minelle Barbosa Nonato, nasci em 04/02/2003. Minha mãe se chama Morgana Cristina Barbosa Soares, e meu pai William Anderson Douglas Nonato. Minha mãe nasceu em Belo Horizonte, meu pai nasceu aqui em Rio Acima. Minha mãe é faxineira no condomínio, e meu pai não é nada. Quando eu nasci, que eu tive um negócio na cabeça. Eles tiveram que raspar e a médica me doou o sangue dela. Aí eu tive que ir pro laboratório, e minha mãe conseguiu uma vaga e o médico deixou eu ficar na casa dele até eu conseguir receber o sangue. Isso foi uma coisa que marcou. Teve um problema na hora do parto porque minha mãe ficou triste porque meu pai não foi, aí ela ficou desesperada e começou a passar mal. Aconteceu isso, ela perdeu sangue e eu fiquei sem sangue também. Meu avô me conta essa história. Ele gravou tudo, fez um cd. Só meu avô que tem. Minha mãe perdeu o dela. Aí meu avô gravou tudo. Eu fico assistindo, tem vez. Minha mãe não consegue contar porque ela fica chorando, aí eu nem pergunto. Minha infância não foi boa. Acordava e tinha polícia dentro de casa, meu pai chegava doidão à noite e ficava batendo na minha mãe. Não era bom. Agora que está sendo bom na minha vida. Meu pai separou da minha mãe, e minha mãe conseguiu se livrar das drogas. Na infância também tinha um lado bom. Eu gostava muito de aprontar, ficar batendo nos outros, arrumando uns namoradinhos, era legal. Era legal ficar na escola. Eu gostava de ir pra escola porque eu brincava as meninas e merendava, porque minha mãe não tinha condições. Nunca parei de estudar. Quando eu fui parar de estudar minha tia conseguiu minha vaga, minha mãe internou, aí eu comecei a ter infância de novo. Eu ficava com ela, ela viajava comigo e com meu irmão, pra gente não ficar lembrando da minha mãe. Minha mãe internou porque ela queria parar de usar droga e lá ela não ia conseguir por causa do meu pai. Meu pai ficava atormentando ela. Ela decidiu internar e...
Continuar leitura
Meu nome é Laysa Minelle Barbosa Nonato, nasci em 04/02/2003. Minha mãe se chama Morgana Cristina Barbosa Soares, e meu pai William Anderson Douglas Nonato. Minha mãe nasceu em Belo Horizonte, meu pai nasceu aqui em Rio Acima. Minha mãe é faxineira no condomínio, e meu pai não é nada. Quando eu nasci, que eu tive um negócio na cabeça. Eles tiveram que raspar e a médica me doou o sangue dela. Aí eu tive que ir pro laboratório, e minha mãe conseguiu uma vaga e o médico deixou eu ficar na casa dele até eu conseguir receber o sangue. Isso foi uma coisa que marcou. Teve um problema na hora do parto porque minha mãe ficou triste porque meu pai não foi, aí ela ficou desesperada e começou a passar mal. Aconteceu isso, ela perdeu sangue e eu fiquei sem sangue também. Meu avô me conta essa história. Ele gravou tudo, fez um cd. Só meu avô que tem. Minha mãe perdeu o dela. Aí meu avô gravou tudo. Eu fico assistindo, tem vez. Minha mãe não consegue contar porque ela fica chorando, aí eu nem pergunto. Minha infância não foi boa. Acordava e tinha polícia dentro de casa, meu pai chegava doidão à noite e ficava batendo na minha mãe. Não era bom. Agora que está sendo bom na minha vida. Meu pai separou da minha mãe, e minha mãe conseguiu se livrar das drogas. Na infância também tinha um lado bom. Eu gostava muito de aprontar, ficar batendo nos outros, arrumando uns namoradinhos, era legal. Era legal ficar na escola. Eu gostava de ir pra escola porque eu brincava as meninas e merendava, porque minha mãe não tinha condições. Nunca parei de estudar. Quando eu fui parar de estudar minha tia conseguiu minha vaga, minha mãe internou, aí eu comecei a ter infância de novo. Eu ficava com ela, ela viajava comigo e com meu irmão, pra gente não ficar lembrando da minha mãe. Minha mãe internou porque ela queria parar de usar droga e lá ela não ia conseguir por causa do meu pai. Meu pai ficava atormentando ela. Ela decidiu internar e minha tia ajudou ela. Mas a gente quase teve que mudar porque meu pai ia lá à noite tentar pegar eu e meu irmão da minha tia. Fazia gracinha, falava que tava precisando da gente, que não tinha dinheiro pra ele gastar, não tinha a nossa família. Ele ficava bravo. Depois minha mãe conseguiu construir a vida dela de novo. Agora a gente tem tudo. Ela tem a casa dela, com os móveis que ela sonhou, tudo. Depois que ela conseguiu terminar com meu pai ela conseguiu tudo. Esse é o primeiro ano que eu estudo à noite. Está sendo melhor que de tarde. De tarde eu tinha umas amigas, a gente ficava brigando, tinha muita conversa fiada. Aqui é melhor, não sai conversa fiada, não tenho amiguinhas mais novas. Estou gostando.
Recolher