Angell Gomes de Araújo é uma mulher trans, atriz, dançarina e passista da Escola de Samba Acadêmicos da Rocinha. Popularmente conhecida como Angell, a artista de 31 anos é moradora e cria da favela da Rocinha. Angell inicia a entrevista falando da dificuldade que ainda encontra ao falar sobre a construção do seu nome e compartilha conosco, repleta de emoção, a origem do nome social que reflete a sua identidade de gênero e o particular processo de transição social. Relatou ter como referência de criação as mulheres de sua família, relembrou com orgulho da força transmitida por sua mãe, irmã, avó e tias. Sua infância foi marcada pelas viagens ao nordeste, momento em que a família passava as férias no interior do Ceará, onde era possível se distanciar da cidade grande e ter uma liberdade maior para brincar. Da adolescência, destacou o contato com a dança, a arte e o esporte. Recordou ter tido o primeiro contato com a dança aos 15 anos, através do convite de um amigo. Falou sobre sua influência na área da cultura através da relação com o teatro na Rocinha, período em que considerou ter tido um contato mais amplo com os moradores e outras iniciativas. Relatou sobre o desejo de ser uma referência em fazer com que outras pessoas LGBTQIA + possam conhecer e se aproximar do samba, principalmente pessoas como ela. Conheceu o samba no ano de 2011, o mesmo tornou-se uma paixão à primeira vista. Compartilhou que desde criança assistia aos desfiles das escolas, confessou que nunca imaginou um dia estar passando na televisão, participando e sentido de perto a energia de um desfile. O samba em sua vida foi uma descoberta que a levou para vários mundos, colaborando para a construção de narrativas e histórias. Destacou que o samba vai para além da dança, é também conhecer a origem que dá sentido de forma geral aos acontecimentos. Seu maior sonho hoje é ter uma maior potência dentro da comunidade e a partir disso, apoiar outras...
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Angell Gomes de Araújo é uma mulher trans, atriz, dançarina e passista da Escola de Samba Acadêmicos da Rocinha. Popularmente conhecida como Angell, a artista de 31 anos é moradora e cria da favela da Rocinha. Angell inicia a entrevista falando da dificuldade que ainda encontra ao falar sobre a construção do seu nome e compartilha conosco, repleta de emoção, a origem do nome social que reflete a sua identidade de gênero e o particular processo de transição social. Relatou ter como referência de criação as mulheres de sua família, relembrou com orgulho da força transmitida por sua mãe, irmã, avó e tias. Sua infância foi marcada pelas viagens ao nordeste, momento em que a família passava as férias no interior do Ceará, onde era possível se distanciar da cidade grande e ter uma liberdade maior para brincar. Da adolescência, destacou o contato com a dança, a arte e o esporte. Recordou ter tido o primeiro contato com a dança aos 15 anos, através do convite de um amigo. Falou sobre sua influência na área da cultura através da relação com o teatro na Rocinha, período em que considerou ter tido um contato mais amplo com os moradores e outras iniciativas. Relatou sobre o desejo de ser uma referência em fazer com que outras pessoas LGBTQIA + possam conhecer e se aproximar do samba, principalmente pessoas como ela. Conheceu o samba no ano de 2011, o mesmo tornou-se uma paixão à primeira vista. Compartilhou que desde criança assistia aos desfiles das escolas, confessou que nunca imaginou um dia estar passando na televisão, participando e sentido de perto a energia de um desfile. O samba em sua vida foi uma descoberta que a levou para vários mundos, colaborando para a construção de narrativas e histórias. Destacou que o samba vai para além da dança, é também conhecer a origem que dá sentido de forma geral aos acontecimentos. Seu maior sonho hoje é ter uma maior potência dentro da comunidade e a partir disso, apoiar outras pessoas da Rocinha. Acrescentou um outro objetivo que faz parte dos seus sonhos, o de tornar-se destaque na Escola de Samba Acadêmicos da Rocinha, representando sua comunidade. Finalizou a entrevista, sinalizando que contar a sua história é saber que não pode parar.
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