0Projeto Ópera Urbana
Entrevista de Waldeci de Deus Souza
Entrevistado por Nádia Lopes
São Paulo, 5 de agosto de 2009
Realização Museu da Pessoa
Entrevista OPCN_CB002
Transcrito por Jennifer Serra
P/1 – Bom dia, Dona Waldeci. Pra começar, eu gostaria que a senhora dissesse o seu nome completo, local e data de nascimento.
R – Meu nome é Waldeci de Deus. A minha data de nascimento é 10 de março de 1952.
P/1 – E onde?
R – Boa Nova, Bahia.
P/1 – Quando que a senhora veio pra São Paulo?
R – Eu vim pra São Paulo... Eu só sei que tem 30 anos que eu tô aqui, mais de 30 anos. Mas, não me lembro a data que eu vim pra São Paulo. Já faz muitos anos, já. Eu tinha 15 anos quando eu vim pra aqui, pra São Paulo.
P/1 – E qual que é o seu relacionamento com a Avenida Paulista?
R – Olha, logo que eu cheguei da Bahia, eu tive um privilégio de a primeira rua que eu conheci foi a Rua Augusta. Eu, como se diz, nunca tinha visto tanto prédio na minha vida, né? E eu fiquei, assim, meio boba, assim, porque, a primeira vez que eu via tanto prédio na minha vida, tanta gente, né? Fui nascida em fazenda, criada num arraialzinho. Até os 15 anos. E depois, quando eu vim pra cá, aí eu vim conhecer primeiro a Rua Augusta. Daí, depois, mais tempo, eu comecei a pintar quadros, né? Eu comecei a pintar quadros desde 1970. E aí, a minha trajetória foi mais na Avenida Paulista, na Rua Augusta, entendeu? Inclusive, eu agora tenho um painel, que tá localizado aqui, na loja dois. Um painel de três telas. E eu já fiz uma grande exposição aqui no Conjunto Nacional. E estou fazendo agora outra exposição, no Casarão. E, como se diz, a Avenida Paulista diz tudo para mim. Eu gosto muito de ficar aqui na Avenida Paulista, de expor. Porque eu sei que aqui meu trabalho é reconhecido. Porque é um lugar muito grande, de cultura, de as pessoas saberem o que é bom. E o que é bom, como se diz, a gente tem que mostrar o que é bom e tem que ir num...
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0Projeto Ópera Urbana
Entrevista de Waldeci de Deus Souza
Entrevistado por Nádia Lopes
São Paulo, 5 de agosto de 2009
Realização Museu da Pessoa
Entrevista OPCN_CB002
Transcrito por Jennifer Serra
P/1 – Bom dia, Dona Waldeci. Pra começar, eu gostaria que a senhora dissesse o seu nome completo, local e data de nascimento.
R – Meu nome é Waldeci de Deus. A minha data de nascimento é 10 de março de 1952.
P/1 – E onde?
R – Boa Nova, Bahia.
P/1 – Quando que a senhora veio pra São Paulo?
R – Eu vim pra São Paulo... Eu só sei que tem 30 anos que eu tô aqui, mais de 30 anos. Mas, não me lembro a data que eu vim pra São Paulo. Já faz muitos anos, já. Eu tinha 15 anos quando eu vim pra aqui, pra São Paulo.
P/1 – E qual que é o seu relacionamento com a Avenida Paulista?
R – Olha, logo que eu cheguei da Bahia, eu tive um privilégio de a primeira rua que eu conheci foi a Rua Augusta. Eu, como se diz, nunca tinha visto tanto prédio na minha vida, né? E eu fiquei, assim, meio boba, assim, porque, a primeira vez que eu via tanto prédio na minha vida, tanta gente, né? Fui nascida em fazenda, criada num arraialzinho. Até os 15 anos. E depois, quando eu vim pra cá, aí eu vim conhecer primeiro a Rua Augusta. Daí, depois, mais tempo, eu comecei a pintar quadros, né? Eu comecei a pintar quadros desde 1970. E aí, a minha trajetória foi mais na Avenida Paulista, na Rua Augusta, entendeu? Inclusive, eu agora tenho um painel, que tá localizado aqui, na loja dois. Um painel de três telas. E eu já fiz uma grande exposição aqui no Conjunto Nacional. E estou fazendo agora outra exposição, no Casarão. E, como se diz, a Avenida Paulista diz tudo para mim. Eu gosto muito de ficar aqui na Avenida Paulista, de expor. Porque eu sei que aqui meu trabalho é reconhecido. Porque é um lugar muito grande, de cultura, de as pessoas saberem o que é bom. E o que é bom, como se diz, a gente tem que mostrar o que é bom e tem que ir num lugar que o povo considera, que o povo dá apoio pra gente. E aqui é o lugar que todo mundo me dá apoio.
P/1 – O trabalho da senhora, então, a senhora é pintora. É isso?
R – Eu sou pintora. Artista plástica. Pintora primitivista.
P/1 – Tem alguma história da Paulista, que a senhora gostaria de deixar registrado?
R – Sobre o que, assim, como?
P/1 – Uma história, um conto, alguma coisa que a senhora ouviu falar. Alguma coisa que tenha acontecido, que aconteceu.
R – Não, o que eu tenho que falar é que aconteceram muitas coisas boas aqui, pra mim. Principalmente pra mim, né? Eu só tenho que falar coisas boas da Avenida Paulista, porque aqui aconteceram muitas coisas boas pra mim. Aqui eu comecei, praticamente, minha carreira. Então, eu não tenho que falar nada da Avenida Paulista, só tenho que falar que pra mim isso aqui é ótimo. E eu tô muito bem aqui.
P/1 – Além da Augusta, tem algum outro caminho que a senhora gosta de tá fazendo, na Paulista?
R – Tem, eu já expus no SESC. Eu fiz várias exposições no SESC. Principalmente, no SESC da Consolação, eu expus há muitos anos também. E fui muito bem sucedida, entendeu? A minha primeira exposição foi em Santos, no SESC de Santos. Foi aonde eu senti a minha primeira alegria, de expor. Entendeu? De dar autógrafo. Naquela época, né? Eu tinha 15 anos. Então, como se diz, não tem só a Avenida Paulista, mas, tem vários lugares que eu também exponho e me alegro muito.
P/1 – Mas, a Paulista tem...
R – A Paulista é mais, né? É a mais admirada. Porque aqui o povo é muito culto, tem muita cultura. Falam muito das coisas boas, isso é bom.
P/1 – Tá bom, muito obrigada.
R – É só o que tenho pra falar, tá? Tchau.
FIM DE ENTREVISTA
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