MINHA PEQUENA HISTÓRIA (Etevaldo Vieira de Oliveira – CAMAPUÃ/MS)
Nasci e me criei em fazenda, num lugar denominado da Pontinha do Cocho, no seio de família negra, onde vivi até meus 17 anos no trabalho de roças de mato, plantando arroz, milho, feijão e outros alimentos. A fazenda onde me ...Continuar leitura
MINHA PEQUENA HISTÓRIA (Etevaldo Vieira de Oliveira – CAMAPUÃ/MS)
Nasci e me criei em fazenda, num lugar denominado da Pontinha do Cocho, no seio de família negra, onde vivi até meus 17 anos no trabalho de roças de mato, plantando arroz, milho, feijão e outros alimentos.
A fazenda onde me criei ficava no Distrito de Pontinha do Cocho, no município de Camapuã (hoje é município de Figueirão), no então Mato Grosso e hoje Mato Grosso do Sul. Era um \\\\\\\"guri\\\\\\\" curioso e estudioso, pois estudei em escolinhas rurais com minhas irmãs por oito meses, e mais três meses em uma escola do vilarejo próximo à fazenda de meu pai, no início de 1971 - \\\\\\\"Escola Rural Mixta\\\\\\\" - hoje Escola Joaquim Malaquias da Silva, no Distrito de Pontinha do Cocho. Mesmo sem estudar, já sonhava em ser advogado, escrever livros e plantar árvores.
Meu pai vendeu a fazenda em 1972, e aos 17 anos comecei a estudar o MOBRAL-Movimento Brasileiro de Alfabetização, que conclui em três meses. Em 1973 fiz a 5ª série e em 1974 entrei no Exército, na Cia. do Comando da 9ª RM (Campo Grande (MS, era ainda MT). Fiz um teste escrito-psicológico e fui para o Quartel General, que era estabelecido no centro de Campo Grande, onde fiquei até a baixa do serviço militar.
Voltei para Camapuã (MS), minha terra, cursei a 6ª série em 1975 e, concomitantemente fiz o \\\\\\\"Supletivo Ginasial\\\\\\\", logrando êxito.
Em 1976-1979 cursei o ensino médio profissionalizante de Técnico em Contabilidade. Logo que saí do Exército, em início de 1975, fui contratado pela Prefeitura de Camapuã, aos 20 anos, na função de tesoureiro auxiliar, onde permaneci até 1988. Na Prefeitura, em 1977, fui nomeado pelo prefeito no cargo de tesoureiro, aos 22 anos, e, continuei depois sendo chefe de setores, contador e assessor, até março de 1988, quando pedi exoneração e mudei para Itapetininga (SP), para fazer a faculdade de Direito.
Como estudante secundarista fui eleito, em 1977, presidente do Centro Cívico Escolar da Escola Estadual Camilo Bonfim, até 1979, pois na época do regime militar havia sido abolido o nome Grêmio Estudantil, que somente voltou com a Constituição de 1988. Como funcionário da Prefeitura de Camapuã fui o articulador, fundador e primeiro presidente da Associação dos Servidores de Camapuã (ASSEC), pois na época da Constituição de 1967 não existia Sindicato Público, que também foi possível somente após a promulgação da Constituição de 1988.
Ainda em 1988, passei em concurso público no Tribunal do Trabalho da 15ª Região (Campinas/SP), e tomei posse como auxiliar judiciário, trabalhando na então \\\\\\\"Junta do Trabalho de Itapetininga\\\\\\\", como escrivão de audiência e digitador das extensas sentenças trabalhistas. Porém em fevereiro de 1989 pedi exoneração do TRT 15ª e voltei para Camapuã, onde iniciei minha carreira como advogado e parecerista/assessorista públicos, atividades que exerço até o presente.
Em 1992 lancei meu primeiro livro de poesias, titulado \\\\\\\"Sonhos & Realidades\\\\\\\", em 1992 o segundo livro \\\\\\\"Momenntos\\\\\\\" e 2018 o meu primeiro livro/ensaio jurídico \\\\\\\"A Lei da Ficha Limpa\\\\\\\". Em 2008
e 2013 tive contos premiados pela ASL – Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, no Concurso Ulisses Serra, com divulgação na Revista da Academia. “A desilusão de Porfírio” e “Policarpo e a Assombração do Morro da Anta”, respectivamente.
Nos intervalos, entre trabalhos e criações, guardo para serem publicados cerca de 200 Pareceres Técnicos-Jurídicos e Contábeis, todos fundamentados na legislação em vigor das respectivas épocas, porém nem sempre observados pelos solicitantes de então, em razão da dura observância da Lei, o que nem sempre é agradável aos agentes políticos públicos. Em 2001-2003 fui eleito e exerci a honrosa função de advogado presidente da 14ª Subseção da OAB/MS.
Em 2011 conclui, com muita satisfação, o curso de especialização em Direito do Estado (Direito Público), cujo conhecimento serviu e serve de base para as minhas lutas sociais e para a defesa incontinenti do Estado Democrático de Direito, tão ameaçado nos últimos tempos.
Também, quanto as criações artísticas passei a me arriscar em compor músicas, embora não possua nenhuma habilidade em interpretar instrumentos musicais. Daí veio diversas parcerias musicais e algumas músicas gravadas por conjuntos e duplas regionais, com os títulos: Filha do Meu Pantanal, Fazenda Esperança, Filho do Berrante, Meu Sertão é Minha Vida, Castelo de Felicidade, Águas de Prata, Velho Jatobá, e tantas outras em ensaios e pré-lançamento, pois há grande dificuldade em conseguir parceria para introdução de melodias, já que não opero nenhum instrumento musical.
Em 2008, através de incrível luta, consegui, em parceria com um amigo, Paulo Roberto Moreira, conseguimos tornar oficial (por Lei), o Hino de Camapuã, uma bela poesia histórico-cultural, que aos poucos está sendo reconhecimento como um dos símbolos municipais, como de fato é, nos termos da Lei Orgânica Municipal de Camapuã. A administração municipal, ultimamente, tem registrado e tocado o Hino Oficial do Municipal de Camapuã em diversos eventos, e, inclusive, registrando a autoria, o que muito me orgulha.
Hoje faço parte da Academia de Letras do Brasil - ALB - Seccional de Mato Grosso do Sul, e, com muita confiança e dedicação, espero desenvolver atividades culturais em Camapuã e região, cuja finalidade maior é resgatar a cultura, folclore, história de antepassados e famílias tradicionais, do contexto de Camapuã na história do Brasil através da histórica Rota das Monções, onde Camapuã foi o elo de ligação que capacitou aos bandeirantes e monçoeiros a conquistarem o desbravamento rumo ao ouro de Cuiabá. Meu sonho é ver Camapuã, através de desprendimento administrativo dos governantes, tornar, como de fato já deveria ser, o mais badalado município do Brasil no tocante ao \\\\\\\"caminho dos monçoeiros\\\\\\\".
É nisso que quero contribuir como escritor e historiador, porém somente será conseguido através de políticas públicas concretas e eficientes dos administradores. Isso não tem ocorrido até hoje.
Também, no transcursos de mais de três décadas de assessorias públicas, tive a oportunidade de fazer cursos diversos e obter, entre cursos presenciais, por correspondências e on line, quase uma centena de Certificados e Declarações de cursos técnicos jurídico-contábil e reconhecimento social. É gratificante.
No tocante ao sonho de \\\\\\\"plantar árvores\\\\\\\" acredito que faço a minha contribuição ao mundo, pois em sempre deixo a minha indelével marca registrada nos lugares onde exerci minha profissão, onde foi meus escritórios, onde é meu meu escritório e onde foram e é minha residência. Moro quase em uma floresta.
Do meu casamento com Anizia Simões de Oliveira em 1979, portanto próximo a meio século de união, temos três filhos (dois homens e uma mulher), que conseguimos não só formar educacional, mas também culturalmente, e \\\\\\\"formar para a vida\\\\\\\".
Hoje, já nos renderam seis netos/netas (três homens e três mulheres), são profissionais honestos e dedicados, cristãos respeitosos e queridos por onde atuam profissionalmente.
Sonho? Está em andamento um livro de romance, outros de poesias, um de pareceres fundamentados, diversas músicas sertanejas estilo caipira com gravação e colocação nas plataformas digitais, talvez um livro jurídico, etc... Esse é um sonho de um caboclo!
Para encerrar, segue pequeno trecho da apresentação do meu primeiro livro:
\\\\\\\"Desde criança já tinha em mente escrever livros, plantar árvores, ter filhos e ser advogado. Isso graças a Deus consegui, agora luto para repassar o que aprendi a todos àqueles que sonham o sonho de todos, pois \\\\\\\"o sonho que se sonha sozinho é apenas um sonho, mas o sonho que se sonha juntos cresce como árvores e espalha como nuvens flutuantes\\\\\\\". VAMOS SONHAR JUNTOS?
Quer ouvir músicas de minha autoria?? Clic ou abra o link https://advogadodretevaldovieira.com.br/musica-filho-do-berrante/?_ga=2.121075595.2098489779.1694636476-959337216.1694636476Recolher