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Metodologia

As metodologias de produção, preservação e socialização de histórias de vida a partir das memórias das pessoas, praticadas pelo Museu da Pessoa foram sistematizadas e geraram a Tecnologia Social da Memória que possibilita a pessoas, instituições e grupos sociais produzirem suas histórias e projetos de memória. As metodologias de formação criadas pela equipe procuram garantir que os interessados se apropriem da Tecnologia Social da Memória valorizando a experimentação, reflexão e a aprendizagem. 

O CEMP orienta, apoia, media, propõe, ensina, provoca a reflexão e instiga a construção de novas percepções da história e do conhecimento, realizando projetos de formação, cursos e ações educativas em projetos de iniciativas para a pesquisa e de uso do acervo para a ampliação de conhecimentos, melhor compreensão da história e transformação pessoal e social.

Ao longo do tempo, o Museu da Pessoa vem sistematizando e aplicando diversas metodologias que envolvem tanto os processos de mapeamento, registro, preservação e disseminação de narrativas de vida como as estratégias de edição e compartilhamento das histórias.

Todas estas metodologias têm como premissa a ideia de que, qualquer que seja a narrativa criada, seja traduzido o que cada pessoa percebe e compartilha como sendo seu “Eu”. Entre as principais metodologias do Museu temos: a Tecnologia Social da Memória, voltada para formação de grupos e comunidades que queiram registrar suas próprias memórias; Metodologia de Entrevista; Metodologia de Preservação de acervo, Metodologia de realização de projetos de memória temáticos; e Metodologia de edição. Esses conteúdos estão disponíveis para acesso e download no CEMP.

Tecnologia Social da Memória

A Tecnologia Social da Memória (TSM) é uma metodologia desenvolvida pelo Museu da Pessoa com o objetivo de democratizar o acesso à memória e à produção de conhecimento por meio da valorização das histórias de vida. Certificada pela Fundação Banco do Brasil como uma tecnologia social — ou seja, uma inovação voltada para a transformação social —, a TSM articula saberes em um processo participativo, sustentável e de baixo custo, que pode ser adaptado a diferentes realidades e contextos comunitários.

A TSM busca, a partir da escuta e do reconhecimento das experiências individuais e coletivas, promover a inclusão, o fortalecimento da identidade, a preservação de valores culturais e a geração de desenvolvimento social, econômico e cultural por meio da memória.

A TSM está estruturada em cinco etapas principais:

  1. Mobilização – engajamento das pessoas e grupos interessados;
  2. Construção – realização de entrevistas e coleta de histórias de vida com base na história oral;
  3. Organização – sistematização dos conteúdos coletados;
  4. Socialização – compartilhamento das memórias por meio de diferentes formatos (exposições, livros, mídias digitais, entre outros);
  5. Avaliação – análise dos impactos e aprendizados do processo.

Por meio desse percurso, a TSM permite que qualquer grupo, organização ou comunidade possa conduzir seus próprios projetos de memória, tornando-se protagonistas na construção de narrativas que representam suas trajetórias, visões de mundo e transformações. Assim, mais do que apenas preservar histórias, a TSM promove a escuta ativa, o reconhecimento da diversidade e o enfrentamento de desafios locais através do fortalecimento de vínculos e da valorização da identidade.

Com base na prática consolidada do Museu da Pessoa, essa tecnologia permite que qualquer pessoa ou grupo reconheça o valor da própria história e a utilize como instrumento de transformação social.