Museu da Pessoa

Um sonho incrível realizado

autoria: Museu da Pessoa personagem: Francisco Cazal Miniotis

P/1 – Bom, Tachi, pra começar eu queria te agradecer por tirado esse tempinho pra contar a tua história de vida pra gente, pro projeto. Pra começar, eu queria que o senhor falasse o seu nome completo, sua data de nascimento e o local em que nasceu.

R – Perfeito, um prazer. Vou falar portunhol, tá? Espero que você compreenda. Meu nome completo é Francisco Cazal Miniotis, mais conhecido como Tachi. Eu sou originalmente do Assunção, Paraguai, e nasci no dia 23 de julho de 1956.

P/1 – Qual o nome dos seus pais?

R – O nome do pai é Pedro Jose e minha mãe é Rosa.

P/2 – E como surgiu o apelido Tachi?

R – O apelido Tachi. Minha mãe é grega, meu abuelo é griego e minha abuela é de Síria. E o meu avô deu esse apelido de Tachi que é do grego, algo ele traz da Grécia. E aí ficou como Tachi. Poes generalmente, o apelido do Francisco é Paco ou Pancho, em espanhol (risos). Mas sou feliz que não fui Paco ou Pancho (risos).

P/1 – E conta um pouquinho pra gente a história da sua família, como ela se estabeleceu no Paraguai.

R – Sim, meu avô imigrou com minha abuela e sus sete filhos originalmente da Grécia, onde estavam morando, pra Buenos Aires. Foi no início dos anos 1900. Eles não gostaram muito de Buenos Aires e probaran sorte em Paraguai. E aí ficaram com toda família, com seus sete filhos. E eles crecieron, meu pai trabalhava em una fábrica de sabonete pegada a casa de meus avós, ele conheceu a minha mãe e eles estuvieron namorando dez anos e se casaram. Eles ainda moram em Assunção, meu pai tem 99 años e minha mãe 89.

P/1 – E Tachi, essa mistura Grécia, Síria, no Paraguai? Fala um pouquinho então de como que foi esse contato, como que você ficou sabendo dessas histórias, teve contato com a história da sua família?

R – Exatamente. Eu creio que mis antecedentes culturais... O meu pai é mestiço, espanhol com indígena, os guaranis e creo que essa mistura foi que me criou num ambiente muito intercultural, com um deseo de aprender sobre outras culturas na minha casa, não comeíamos somente comida paraguaia, comíamos quibe, tabule, coisas de comida de Oriente Médio e isso foi o que me afetou muito minha vida e esse desejo de conhecer o mundo, de viajar e muito também com meu pai. É importante, eu aprecio o trabalho, o que meus pais me enseñaron porque, por exemplo, eu estou falando meus pais só terminaram a escola primária, eles nunca foram à escola secundária, eles nunca foram para a universidade, mas meu pai conheceu o mundo porque ele foi técnico da Selección Paraguaya de Basquetebol Femenino e na época do ouro do basquetebol. Ele era uma persona muito conhecida no campo do basquetebol. E ele viajou muito, ele conhecia o mundo, inclusive é reconhecido por tener ganhado um torneio muito importante, o sudamericano aqui em Piracicaba (SP). Tem um quadro de Piracicaba em minha casa, Estado de São Paulo, e campeão sudamericano, veio e ganaran do Brasil, na final. El equipo femenino, Selección Nacional. E meu pai sempre falava, desde pequeñinos, com os poucos recursos que ele tem, ele me enviaba pra el exterior, pra [a casa de] primos que têm em Buenos Aires, outros primos que estudavam na Córdoba, Argentina, por exemplo. Desde pequenininhos, creo que o que favoreceu muito pra mim, pra minha educação é principalmente o deseo, o compromisso de mi pai. É a melhor herencia que ele pode deixar pra mim, não é dinero, não tinha dinero, mas era educación. Isso pra sempre eu vou estar agradecido, desde pequenininhos eles me deram esse deseo de conhecer o mundo, de viajar, de tener amigos. Lembro que colecionava estampillas, selos de correios, e tinha amigos, não existia internet, de outros países, escrevíamos cartas. E tudo isso muito se deve a esse ambiente muito multicultural que estava crescendo, que é o no Paraguai, que não é muito comum, que não é o caso do Brasil, Argentina que tem uma comunidade internacional muito más grande. Por isso siempre vou estar agradecido.

P/1 – Como era a infância e esse contato com o seu pai, técnico de basquete?

R – Eu lembro que de pequenininho ir nas práticas de basquetebol. E acredito que o grande deseo dele era que eu fosse um basquetebolista, mas tanto meu irmão como eu fomos péssimos, os dois (risos). Ahora o neto está sendo basquetebolista. Eu lembro que meu pai era una persona que apesar de trabalhar na fábrica todo dia, cedo até mais tarde, e minha mãe eu lembro que, pra ela ajudar no ingreso familiar, ela ensinava comida, dava, ensinava comida, em espanhol a palavra és biandas, não sei em português, que lleva às casas do bairro comida pra vender. E eu iba a escola, una escola pública perto de minha casa. Mas meu pai sempre estava ativo, em atividades sociais do Clube Guarani, que é um clube muito conhecido no Paraguai, é provavelmente um dos únicos sócios que tem 99 anos que ainda está viviendo (risos). Mas minha vida sempre foram dos cosas: atividade de meu pai de estar activo, de estar envolto em atividade social: organizando festas, atividades do clube, apesar de trabalhar todo dia muito, ele era sempre muito activo na comunidade, creo que es un poco da coisa que fez que tanto eu como meu irmão estarmos envolvidos em uma série de ONGs [Organização não governamental] no Paraguay e yo também en los Estados Unidos. E outra coisa importante pra mim foi o valor, concepto, da família reunida. Isso muito tem que ver também com meu abuelo griego. Os griegos são mui conhecidos, como vê no “Casamento Griego”, esse filme fomos ver com todos os primos, foi simpático: “Ah, aquela é tia”, todos nós nos identificamos porque é certo se assemelha a mia família também assim: família grande, ruidosa, gosta de festa. Las reuniones de domingo em casa nunca baja de 20 pessoas, até agora. O asado, barbecue, a carne assada siempre junta as personas. Então, eu creio que essa foi uma infância muito feliz, apesar de tener poucos recursos, mas o asado na família e também o contacto do mundo extentido dessa família, los amigos que fizemos no exterior, conhecer gente e esses são duas herencias muito importantes que meus pais deixaram pra mim e pro meu irmão.

P/1 – Como era a casa e o bairro que você morava?

R – É la misma casa que ainda estoy agora com meus pais, [eles] ainda moram aí, era una casa pequenininha, um bairro classe média. O interessante também é que meu avô grego, eu não conheci, lastimosamente, porque eu era muito pequenininho, três, quatro anos quando ele morreu. Mas ele deixou a todos os filhos terrenos, eles construíram suas casas em terrenos na zona perto dele, então hasta hoje todos os meus tios, família, moram perto – é interessante – os que estão vivos, outros já murieron, mas é nas casas onde meus primos moram. Entonces a casa que yo morava era pequenininha, muito simples, muito humilde, mas com mucho amor, sempre com muito amor. E o

barrio era um barrio também classe média, classe média-baixa, con una escuela, República de Colômbia, era o nombre de mia escola, donde eu lembro que todos dias cantava o hino colombiano. E nunca vou esquecer, foi uma experiência que muitos anos atrás, quando eu estava presidente do AFS em evento muito importante em Colômbia celebrando 50 años, uma festa na Colômbia, sentada ao lado do presidente da Colômbia, César Gaviria, que foi AFS também e tocaram o hino colombiano e eu cantava o hino colombiano. Ele fala pra mim: “Olha, como você sabe o hino colombiano?” e contei a história que todos os dias durante seis años eu cantava o hino colombiano e 20 de julho pra mim era una data muito importante pois é dia de independência da Colômbia. Mas são experiências. Foi uma família muito feliz, com pouco recursos, mas sempre unida, sempre unida e sempre estudando, graças a Deus, tuvimos a oportunidade de estudar e tanto meu irmão que ora é gerente da Exxon do Paraguai como eu, pudemos sobresalir, gracias à base de educação que eles deram.

P/1 – Tachi, eu já vou te perguntar da tua trajetória escolar, mas antes eu queria perguntar quais eram suas brincadeiras preferidas de menino, do que se brincava no seu bairro, na sua rua?

R – Me gusta muito la pelota, lembro que a pelota era algo que me gustava muito. Eu intentaba o basquetebol e também o futebol, que era o que mais a gente jugaba. Eu lembro dessa época, o barrio era pequeño, fechamos la rua nos fins de semana, púnhamos os arcos na rua e aí jogávamos. Não tenia muitos parques nessa época no Paraguai, agora tem mais. Nessa época também as casas eram grandes, tinham pátios grandes, a casa era pequeña, mas o patio era grande, então aí estavam todos os amigos. Eu lembro muito do futebol e do basquetebol. O Clube Guarani fica perto de minha casa, três cuadras, entonces muita gente ia aí pra jogar. E até agora estou em contacto com muitos de meus amigos da infância que crescemos no barrio. Hoje mesmo eu tenho a vantagem, hoje eu venho ao Paraguai com muita frequência, de Nova York, então, é uma questão que eu desfruto muito esse contacto com meus amigos.

P/1 – E quais são suas primeiras lembranças escolares? Você já contou pra gente do hino, mas conta um pouquinho da escola.

R – Yo creo que se há algo que eu lembro era, nossa, tenho umas fotos, estava encontrando as fotos outro dia, los bailes, o teatro. Não sei por que sempre estamos todos, meu irmão também, os teatros. Outro dia vi uma foto, estávamos vestidos de patitos (risos), patito! (risos) Eu não acreditei, enviei una foto a la familia por whatsapp. Eu lembro, a escola era muito, muito cheia de atividades também, isso é que eu lembro da escola. Eram muitas e muitas atividades, de arte, da cultura, da música. Lembro que bailava cumbia, que nessa época ninguém bailava cumbia no Paraguai, hoje em dia muito mais. E também eu me lembro de algo muito interessante, a diretora era justamente a senhora de um dos donos da fábrica onde meu pai trabalhava e até agora sempre encontro com ela. Sempre fui bueno estudiante, acredito que estudei muito, estudei bastante, terminei como mejor aluno da escola, que pros meus pais foi muito importante, también na escola secundária. Mas éramos todos estudiantes classe média, classe média-baixa, uma escola com mui pocos recursos, pero sempre com os professores e uma superintendente-diretora da escola muito querida e muito comprometida. Yo creo que este foi um ambiente propício pra crescer e daí que muitos desses amigos ainda continuamos, porque tem muito em comum, não havia diferenças sociais e fomos amigos. E na escola também, como era tudo do barrio, hoje em dia é mais difícil, as gentes vivem em distintos barrios, vai a escolas em distintas partes, éramos todos, estávamos numa área probablemente de cinco cuadras, blocos, da escola. Pra mim, isso foi muito importante, essa coisa eu sempre recordo de minha escuela, República de Colômbia, com mucho cariño.

P/1 – E você lembra do uniforme da escola?

R – Exatamente! Lembro do uniforme, eu lembro da minha escola de pequenininho, era a volta da minha casa, nos primeiros dois años meu pais levavam mas íamos sozinho os dois. Uniforme com el portafolio, não sei falar em português, que era para llevar utiles. Foi uma experiência muito linda. Algo triste que eu me lembro, nunca me esqueci disso, foi que eu tenía un perro, um cachorro muito querido, grande. E estava voltando da escola e ele subia na muralha, tinha uma muralha na casa. E ele viu que venia da escola e quando viu ficou muito, muito feliz, saltou na rua e um ônibus atravessou. Foi una experiência pra mim muito forte. E nunca mais na minha família a gente tuvo cachorro, meu pai não queria mais, meu pai e minha mãe, não, não. Então foi uma coisa muito, muito... Eu tenía acredito que dez año e foi uma coisa muito traumática. E adoro cachorros, nunca mais permitiram (risos), é coisa triste dessa etapa.

P/1 – E Tachi, quais eram seus sonhos, o que você queria ser quando crescer?

R – Justamente por esse ambiente multicultural, por esse ambiente de sair, de conhecer, sempre quis conhecer o mundo. Eu lembro que era pequenininho, outro dia estava lembrando, minha mãe estava lembrando, que eu tinha oito, nove anos e eu ponía las sillas, una ao lado mais outra e disse que eu subia las sillas como se estivesse subindo num avião e saludaba, era uma coisa que eu tinha sete, oito años. Minha mãe estava lembrando disso, que é uma coisa que probablemente sentia desde pequenininho, esse desejo de conhecer, de viajar, que graças a Deus, a vida me deu uma tremenda oportunidade. E, definitivamente, de pequeno, queria estudar, gustaba estudar e queria, quando na escola secundária, comecei a estudiar também inglês desde pequeninino, meus pais não sei de onde davam recursos, talvez os tios ajudavam porque foram muito bons pra mim, meus padrinhos, para estudar en el Centro Cultural Paraguayo Americano, seria como, claro, não sei como no Brasil é conhecido como Centro Cultura Brasileiro Americano, probablemente, similar, então estava estudando inglês, desde pequeñino estudo inglês. E foi um pouco las puertas que me abriram depois para participar no programa do AFS.

P/1 – Antes da gente falar do AFS, eu queria te perguntar como foi se dando essa trajetória escolar, se teve algum professor que marcou a tua trajetória?

R – Eu creo que a persona que realmente marcou é persona interessante, na escola, foi também o director de la escuela pública onde fui, Colégio Nacional da Capital que, nessa época, era uma das melhores escolas do Assunção, Paraguai, inclusive pra entrar na escola você tenía que tomar como um examen de ingreso, um vestibular mais ou menos, que você faz na universidade aqui, tenía na escola secundária e que estava perto a la mia casa também. E o professor Vasconcelos foi uma das personas que conheci, su filho também estava na mesma escola, foi meu companheiro de aula, e é una persona que realmente me apoyo na vida. Ele foi que quando surgiu a oportunidade de estar fora, que me motivou a sair. Ele é una persona que sempre fica gravada em minha vida. Mi vida na escola secundária foi muito boa, uma escola que exigia muito estudar, porque como escola pública e tenía muita gente, era só de homens, tinha ainda o Colégio Nacional de Niñas, pras meninas, que eram as duas melhores. Teníamos desfiles, lembro que estávamos todos de branco, com botas negras, muito elegantes, para os desfiles nas ruas de Assunção no dia da independência, Dia da Bandeira, essas grandes celebraciones que a gente tinha. Entonces foi uma época muito bonita. E foi muito duro pra mim não terminar minha escola secundária com eles, porque fui pros Estados Unidos por um año com o programa do AFS. Foi uma coisa muito difícil de aceitar, mas a volver, ainda terminei com outro grupo, com o grupo siguiente, permitiram fazer a segunda parte. Foi uma experiência muito bonita, tenho muitos recuerdos do Colégio Nacional da Capital. Hoje em dia, lastimosamente, não é um colégio muito bom. Lastimosamente muita política, la educação pública no Paraguai disminuyó muito, antes era, em muchos outros países latinoamericanos, uma honra ter uma escola secundária pública, hoje já não, lastimosamente.

P/1 – E como é que se deu o seu primeiro contato com o AFS?

R – Yo creo que essa experiência multicultural, essa querência de aprender idiomas, essa oportunidade que meus pais deram de pequenininho pra conhecer o mundo viajando à Argentina, isso foi o que me ajudou pra sair de lá, do AFS. Quando

estava na escola eu não sabia nada do AFS, de una persona, os voluntários, apresentou o programa. E eu lembro justamente que depois me ajudou muito no meu trabalho mesmo com o AFS, como profissional, eles explicaram o programa, éramos 40 na aula, disseram: “Tem interessados?”, só quatro levantamos la mano. Isso indica que realmente estes programas de intercâmbio atraem um cierto mercado de personas, la persona que quer conhecer, que quer viajar, que quer aprender algo novo, que quer desfrutar, etc, etc, porque não é una experiência para todos, claro, tem que estar preparado. Pero ai foi el primeiro contacto, quando vi los voluntários e posteriormente fui a contar ao meu pai e à minha mamãe, falei com ele e minha mãe, que começou a chorar: “Um año? Um año fora?”, e eles não sabiam. E admiro e aprecio que meus pais me deram esta oportunidade. Eu lembro tios, amigos deles: “Mas está louco, vai enviar seu filho aos Estados Unidos, aí tem droga, tem assassinato, tem bababá”. Na época, estamos falando em 1973, quando me apresentei ao programa. Era um processo de um ano de seleção. E meu pai dudó, por supuesto, quando todo mundo: “Você não sabe nada dessa organização”, o AFS tinha então dez anos de história no Paraguai, era muito conhecido e, na minha escola nunca foi ninguém, estava trabalhando nessa época muito mais em colégios privados, então daí que foi que surgiu essa oportunidade. Aí foi que me apresentei e meu pai sempre apoiou. Creo que minha mãe, dentro dela, esperava que eu não fosse selecionado, porque era uma selección muito estrita, acredito que era ao menos 600 que nos apresentamos, de los cuales fuimos elegidos 24 pra ir no programa. E esse foi meu primeiro contato com essa organización, eu nunca, falando em inglês, in my wildest dreams (risos), em mis sonhos, wildest? Mais incríveis, selvagens, nunca pensei como esta experiência do AFS cambiaría minha vida. Nunca pensei.

P/1 – E como foi esse processo de seleção que você mencionou e quando recebeu a notícia que realmente você ia depois de ter passado por todo o processo?

R – Eu lembro a história de processo. Primeiro

foi exame de cultura general, porque até agora em alguns países como Tailândia, por exemplo, hoje em dia no AFS, recebia mais ou menos 800, 900 estudantes. Mas 15 mil se apresentam por año, 15 mil. É como eu sempre falo, era la mesma história essa época, precisa um processo de rechazo, de rejection para depois seleccionar, não puede seleccionar 15 mil estudantes. Entonces o primeiro punto do processo era primeiro, vou falar em espanhol, colador, salandear, como se fala?

P/1 – Peneira.

R – Peneira. A primeira parte da peneira é um exame de cultura general, donde hacian preguntas. Depois fui chamado a una segunda entrevista personal. Até lembro meus entrevistadores, eram duas voluntárias, una delas, até agora, é muito querida amiga minha, Victoria Villalva, mayor que eu, já trabalhava nessa época como assistente do superintendente no escritório e la outra, Maria Carmem era la outra pessoa que estava em contacto. Elas me entrevistaram e depois, porteriormente, Vic, essa amiga, foi fazer a entrevista familiar com meus pais. Foi uma experiência que sempre lembro com Vic a respeito. Ela era jovem, era estudante também, de universidade. Eu falei que ela comeu toda comida que minha mãe preparava, mientras hacia las preguntas de la entrevistas, sempre falo pra ela como uma broma (risos). E ela é muito querida. E assim que Vic, que é muito conhecida também no AFS Brasil, muitos años atrás, as coisas do destino, ela saiu do AFS e foi trabalha no Peace Corps e muitos años, nos años 90, eu estava como director pra Latinoamerica do AFS e ela se apresentou ao cargo do superintendente do AFS Paraguai (risos). Eu lembro que ela falou: “Tachi, esquece o nostro passado, estou aqui para um cargo”. E veramente ela foi elegida para o cargo e foi uma excelente directora por muitos años do AFS Paraguai, quase 15, 20 anos. E é uma persona muito querida, conhecida também por AFS Brasil. Assim que aí foi o processo. Depois disso, já é la espera, tivemos a doce espera, completamos los papeles, aí vão, preguntan que você pode pagar. Meu pai falou, nessa época acredito que a contribuição mais alta era com mil e 500 dólares. Meu pai falou, na pregunta de quanto meu pai falou: “No tenemos dinero”, acredito que meu pai pagou cem dólares. Os tios ajudaram pra pagar. Isso é o que a gente pode apagar. E foram os papéis e já em julho, nas poucas semanas antes [de viajar], recebi la noticia de que estava indo pros Estados Unidos, para o Estado de Minnesota. “Minnesota? Onde fica?”. Quando você piensa nessa época que ia a Nova York, Miami, Los Angeles. Minnesota? E eu falei: “Donde Minnesota? Donde Minnesota?”, precisa buscar na enciclopédia, não tinha internet, nada, nessa época. E Minnesota, num puebliño pequenininho de dois mil e 500 pessoas mais ou menos e quatro mil vacas (risos), una zona ganadera. É quatro horas de Minneapolis. Aí fiquei entusiasmado igual e num momento muito difícil, uma das coisas mais tristes da experiência porque a minha abuela síria estava muito doente. Muito, muito doente e pra minha mãe foi muito, muito difícil, principalmente, porque ela morreu essa noite que eu saí. Eu saí a mañana como se estivesse esperando. À noite, “bum”, despedi dela, estava ainda um pouco consciente. Eu não soube de nada, meus pais, ninguém, não contaram senão dois meses depois. Foi muito bom e agradeço a eles também e a família que manteve secreto. Hoje em dia, as coisas são mais difíciles com a internet, mas naquela época, e foi uma coisa muito dura, pra minha mãe principalmente. Primeiro que eu saía, não sabia donde, não conocía nada de minha família. Se yo creo que minha mãe, especificamente... Isso surgiu justamente muitos anos después, em uma entrevista que meus pais americanos, em uma visita que eles foram ao Paraguai, minha mãe falou que, eu não sabia isso, que pra ela foi uma tranquilidade que mi pai americano era médico e minha mãe era enfermeira (risos). Isso pra ela foi una tranquilidade increíble. E assim se iniciou, em três de agosto de 1974, salí com esse grupo de 24 pessoas aos Estados Unidos, de los cuales la mayoría, muitos deles, três ou quatro são deste grupo, meus melhores amigos e uma experiência que cambió mi vida. Foi com mucha tristeza, eu lembro pra minha mãe, pra minha abuela, pero também com mucha esperanza e muchos deseos de conhecer, de aprender. E es algo que nunca me voy a regret, dudar de hacer novamente.

P/2 – Como é que foi subir na escadinha do avião? Como fazia quando era pequeno e estar de fato indo viajar?

R – E foi o mismo porque nessa época não tenía tubos (risos), tenía que caminar ao avião e eu lembro que era um vôo de Aerolíneas Argentinas. Lembro que fomos hasta Buenos Aires, de Buenos Aires fuimos a Santiago, em Santiago pegamos um charter. E vai juntando, os argentinos, uruguaios, chilenos, peruanos, “bá bá bá”. Era a primeira vez que subia, que entrava num avião e, em certo sentido, nunca associei até que minha mãe pouco tempo atrás me contou, é verdade, aí lembrei. Eu ponía mi perro, meu cachorro, perto, subia e me despedia dele, isso não esqueci. E no fundo foi converter em realidade um sueño que nunca pensei que daria mi vida, la mayor parte de meu tempo depois e 80% da minha vida viajar de avião, constantemente viajando de um lugar a outro (risos), que é una coisa que nunca, nunca acreditei. E agradezco que minha mãe há pouco tempo me lembrou dessa história, eu tinha esquecido essa parte, eu era muito pequeno, ela falou que eu tinha seis, sete, oito anos e que fazia todo dia, levantava, como parte de mis juegos, era subir no avião. Embora eu fosse muito tímido, eu era mais tímido nessa época, eu lembro. Pero depois a volver foi uma experiência que me abriu o mundo, nesse sentido.

P/1 – E essa viagem, a chegada lá?

R – A chegada! Eu lembro a chegada. Fomos

à CW Post, em New York, e aí estivemos com três mil, um grupo incrível, pessoas de todo mundo. Eram cinco dias de orientacion. E depois tinha que viajar a Minnesota pra conhecer minha família. Eu lembro que nessa época não havia avião, era de ônibus, 36 horas no ônibus de Nova York a Minneapolis pra conhecer a família. E por supuesto era orientação mas também era fiesta, era amigos, bá bá bá, teníamos um talent show, a gente fazia bailes, os distintos países, então tinha meu traje típico, de sombrero, mia camisa, meu pui, cantamos, foi uma experiência muito linda. E muito triste também porque tenía que separar. E nos põem em um ônibus e tinha outra paraguaya, Estela e yo, e havia dois ou três brasileiros que estavam nesse grupo, que estamos ainda em contacto, tenemos um Facebook Page desse grupo, teve um encontro em Nova York, há pouco tempo, distintos lugares do mundo no nosso grupo, 74 ou 75. E tivemos essa viagem. E lógico, cansados, com nervios pra conhecer essa família e nunca vou esquecer, sempre é una broma com meu pai americano, com dad, eu sempre falo que dad foi la persona que hizo que yo odio baseball. Eu não gosto de baseball. Por que razão? Fui no ônibus, chegamos a Minneapolis cansado, aí está minha família e estamos a quatro horas de minha cidade. Mas meu pai pediu pra mim, ficamos no hotel essa noite e falou: “Tachi, pega um baño y vamos a ver un partido de baseball”. La única coisa que eu queria era mia cama (risos), estava agotado, estava estressado. Fuimos ao partido de baseball, que agora é o Shopping das Américas, o shopping mais grande do mundo está neste prédio, Bloomington, e estava cansado, agotado, queria dormir. Meu inglês era ainda básico, havia estudado pero por instinto você vá. E é tudo, las duas horas, tratando de explicar-me o hobby do baseball. E sabe quê? Desde essa vez nunca gostei baseball. Enquanto fui estudante no AFS de Luverne, estudei futebol, basquetebol, quando foi la temporada de baseball fui com golf, eu não queria (risos). E até agora, até agora, eu nunca fui a uma partida de baseball americano nos Estados Unidos. Todos os meus amigos estão loucos e sempre falo pro meu dad: “Dad, você foi”, e ele só ria. Nunca gosto de baseball. E foi una experiência, estava cansado, agotado, com sono. Esse foi o primeiro encontro. E foi una familia espetacular. Hasta agora, minha mãe e meu pai vai sempre a Nova York, a cada dois, três meses, minha mãe cozinha, eu vou a Minnesota com meus amigos. Imagina que minha família americana nunca havia viajado fora e vieram três vezes ao Paraguai. Imagina? E como

siempre falava, quando estava presidente, preguntava em minhas audiências, apresentações: “Alguién conoce em Estados Unidos Lucerne, Minnesota?”. E eles falavam: “ninguém”. E eu falava: “Luverne, Minnesota, vocês não sabem que é nos Estados Unidos, mas no Paraguai meus pais, minha abuela, mis primos, mis amigos, tudo conhecem esse puebliño pequeno. Porque identificam lo lugar com la persona. Isso que a AFS faz: converter lugares em pessoas, donde Luverne, ou Rio de Janeiro, ou Piracicaba (SP), ou Chapecó (SC) já não é mais um lugar frio no mapa, é o rosto de um amigo, una persona. Esse é o valor do AFS, pra mim. E pros meus amigos de Luverne, Minnesota, ninguém conhecia o Paraguai. Minha família quando encontrou que ia hospedar um estudiante do Paraguai nem sabia donde ficava o Paraguai. Foram à biblioteca e verían, por supuesto, fotos antigas. Eles me mostraram una mulher lavando roupa en las orillas do rio Paraguai, por exemplo. Eu falei que era coisa que não era realidade, havia parte que era realidade, não te dava, na realidade, o que estava passando. Isso que faz os programas do AFS, esse contato de conhecer. E hoje em dia passa, sucede, no mundo, essas são las questiones que valem a pena. Outro

dia aconteci de una persona muito querida, una ex-voluntária, estudante do AFS que está na comunidade Estados Unidos. E você sabe, existe nos Estados Unidos uma situação atual, da guerra presidencial, com Donald Trump, existe muita tensión pelo mundo muçulmano. E ela é una estudiante do Egito agora nos Estados Unidos pero ela não usa el velo, não parece muçulmana. Ela é muçulmana, de Egipto, e ela era feliz com sus companheiras, mas todo mundo assumiu que ela era cristiana porque, muitas vezes não solamente Estados Unidos, muitos lugares assumem o muçulmano com la roupa. E ela falava num artículo que escreveu de que um dia estava na escola, há tempo atrás, em dezembro, no meio do Paris e tudo isso e como sus companheiros estavam falando mal dos muçulmanos. E ela está muito dolida, ela falou, porque: “Yo soy musulmana”, os companheiros ficaram. E no cambió nada. E o que eu falava ela era que muitas vezes precisa conhecer, porque sabiam, queriam na realidade a ela

como persona, antes como muçulmana. Então é um pouco essa questão. Meu relacionamento também com Paraguai em Luverne era a mesma coisa, era escutar coisas de Paraguai, de outros lados também. Quando conheço una persona do lugar, o conhecimento do país, da cidade, tem outro significado, e é isso o que faz acontecer todo dia com estes intercâmbios ou qualquer experiência intercultural que você tem viajando e conhecendo o mundo.

P/1 – E quem foram as pessoas, família e amigos, vizinhos, que marcaram esse ano em Minnesota?

R – Eu

creo que foi principalmente meu pai e minha mãe, eles são duas personas que tiveram comigo una paciência, el cariño. A otra persona que marcou muito foi... Tenía tres hermanos, un hermano mayor, Alan, que ahora estamos falando e somos muitos amigos e nessa época havia cierto celo, imagina, una persona de 16 años que vem ocupar o lugar da casa. É como eu falo: “Alan, você foi quem mais sufrió com minha experiência”. Mas tem minha hermana, pequenininha de cinco anos, que foi minha companheira; graças a ela aprendi inglês também. Ela lia os contos à noite, e eu nunca tuve una hermana, são dois hermanos, mas Amy foi a persona que realmente me ajudou nesse sentido. E outra persona que también até agora, é uma persona muito querida, foi meu coach de football. Porque eu não sabia o que era football americano, mas minha família fez: “Vai, vai!” e essa foi a melhor experiência porque aí pude estar em contacto com meus companheiros de escola, conhecer gente. E viajar, ir a outras cidades, na zona rural, etc, tec.. Era kicker, pum, o negócio que sabia era: “Pum!” como no futebol. Depois todo mundo corria e eu saía, mas era a minha experiência, principalmente, foi ser uma interação com meus companheiros de escola. Essas são las personas. E depois tem outra persona, até que estou simpre em contato com ele, o professor de História e de debate, foi una persona que me ajudou muito en la parte de melhorar meu inglês. Ele é outra persona. E Miss Smith, que era a professora de espanhol, que como estava ensinando espanhol ela pediu pra mim venir a la classe pra ajudar en la parte de espanhol. Tem tantos amigos que hasta agora estamos ainda em contacto, como vou sempre a Minnesota, trato de ir às co-reunions. E minha família somos muito unidos. Vou enviar depois una foto onde, hace tres años, minha mãe americana com 80 e minha mãe paraguaia com 86. E eles vinieron por terceira vez. A primeira vez que eles vinieron foi quando meus pais celebraram 50 años de casados, dez anos atrás. Eu estava presidente do AFS nessa época, houve muito press conference, la prensa cobriu muito, mas foi interessante das duas famílias se encontrarem. No ano passado quando vinieron, depois viemos pra São Paulo e Rio [de Janeiro], não conheciam, teve uma festa surpresa para ela. Havia poucos dias de diferença, ela não sabia nada, então com meus irmãos organizamos todos vídeos da família, dos irmãos. Minha abuela americana tem 104 anos e ainda falo com ela. E foi una experiência muito bonita e tem uma foto com duas mães, minha mãe quando cumplió 86 e 80 com dois números. E essa foto fala mais que milhões de palavras. Eu tenho esse privilégio, me sinto muito privilegiado eu tenho duas mães, ainda agora com 60 anos de idade, é una coisa que muito poucas personas têm. E cria confusão. Meus amigos falam: “Hey dad, how are you?” “Hola mama, how are you”. Os pais falando inglês? (risos) Quando sabem do AFS, a história do AFS, ficam confundidos as coisas. “Seus pais, por que fala em inglês com seus pais?” “Não, são meus pais americanos, não meus papais paraguaios”. Pero son histórias que marcam la vida. Essa família pra mim é muito, muito querida e muito especial.

P/1 – Tachi, o que você sentiu de diferente quando você voltou, que sentiu que tinha mudado?

R – Eu

acredito que toda experiência da AFS, ou qualquer programa que for, é una experiência de vida. Porque você volta da sua experiência com su backpack, com sua maleta, con su valija e em sua valija tem impressos, fotos, sus recuerdos, sus tickets de la experiência que viveu do concerto, do teatro, de visita ao museu, ao parque. E nesse backpack, nessa mochila – é mochila que se fala me português? – traz o amor da gente que conheceu, das relaciones, dos amigos. Pero realmente uno não se dá conta que durante a vida dessa mochila uno quita experiências: nunca pensei, essa foi a primeira vez, que tuve que hacer apresentações a un grupo de personas sobre Paraguai, nunca na minha vida, tenia 17 años, e tinha que ser em inglês, expressar; tinha que aprender a convivir com pessoas que nunca havia conhecido na minha vida. La flexibilidade, adaptabilidade, habilidades, evaluar, a mirar las cosas non de blanco y negro, siempre cosas, a poner os zapatos do outro. Essas são coisas que uno vai aprendendo, quitando [da mochila]. Nesse momento não te dá conta, você voltou com seus amigos, chorando, lembro no aeroporto, no ônibus, antes de sair de Minnesota: “Nunca mais voy a ver, papapa”, você piensa essas coisas. Ainda mais naqueles dias que não tinha essa vantagem de viajar que hoje tiene todo mundo. Mas realmente é una experiência que você constantemente está aprendendo. Porque empatia, habilidade de falar em público, mirar los cuestiones de distintos puntos de vista, adaptabilidade, admirar as pessoas não por su color, ou por su forma de vestir-se, essas são experiências que você ganha pra vida, mas quando volta não se dá conta, senão depois.

P/1 – E depois desse retorno, como foi a sua trajetória com essa carreira de voluntário e depois como staff?

R – Exatamente. Eu

volví a Paraguai pensando já que nunca mais ia a volver aos Estados Unidos a estudar. Queria estudiar, queria ser engenheiro civil e voltei, imediatamente terminei a escola e foi o exame de ingreso, o vestibular que seria lo equivalente, porque en ese entonces pra entrar na Universidade Nacional que es de graça, praticamente pagava dez dólares por año e tem um examen de ingreso, que é muito competitivo, éramos mil e 500 e entramos cento e pouco. Estudei bastante e entrei na universidade. Ao terminar essa universidade, eu falei que eu tenía que dar algo de regreso ao AFS, queria ser voluntário e empecé meu trabalho voluntário com mi grupo de amigos. E era muy joven e terminei sendo aos 22 años presidente do AFS Paraguai. E ia precisar viajar de volta. Meu primeiro evento internacional foi aqui no Brasil, em Angra do Reis. Muito bonito, un reunião latinoamericana, donde aí conheci Steve Reeser, que era o presidente do AFS, en ese entonces foi presidente quando eu fui presidente, voltei a encontrar com ele. E passei a tener cargos que despertou a minha habilidade de liderança, de ser o líder. Mientras estudava engenharia e quando terminei minha carreira de engenharia, en el año 81, eu já estava trabalhando em una empresa de construção e me elegeram, foi um congresso mundial en México. E antes de ir ao congresso en México, do AFS, fui a Minnesota ver a minha outra família, foi a primeira vez que encontrei com minha família. E aí me eligieron membro da directoria internacional. Até agora, eu fui o trustee, o diretor, mais jovem na história da AFS, tinha 24 anos. Aí também a gente, muita trajetória, ia pra Nova York quatro vezes ao ano pra reuniões. Aí salí, terminei minha carreira de engenharia e depois trabalhei em Itaipu, en la parte de la infraestructura. E depois de três anos de estar na diretoria, ao terminar mi mandato, me ofereceram um cargo: “Por que não vem a trabalhar em Nova York?”. Inicialmente, disse: “No” porque estava trabalhando, era engenheiro, nessa época trabalhar numa ONG não ganhava nada praticamente, estava namorando, minha namorada é engenheira também, estávamos já pensando em casar, ela estava estudando na PUC [Pontifícia Universidade Católica], fazendo maestría nesse momento. Quando ia a Nova York eu vinha a Rio para encontrar com ela. E aí foi que inicialmente: “Não, não quero”, e voltei. Isso sempre a admirar meus pais. E todo mundo: “Mas você está louco ir a Nova York pra trabalhar com o AFS? Está ganhando dinero a cá”. E meu pai sempre falava: “Você faz o que você gosta”. E aí foi que falei com meu chefe na empresa, me queria muito e conhecia o AFS porque dava permiso a ir a Nova York quatro vezes ao ano pra reuniões e ele falou: “Se quer fazer, faz”. Eu falei pra ele que ia por três anos e voltava depois pra trabalhar em engenharia. E ele falou pra mim: “Vai, que você tem trabalho assegurado quando você voltar”. Eu fui com essa tranquilidade, consegui visto de trabalho pra ir trabalhar. Mas aí um ano depois cambió toda mi vida, já fiquei em Nova York e fiz mi carreira no AFS. O primeiro trabalho, eu lembro, o melhor trabalho como empleado do AFS que tive foi de director para Centroamerica y Caribe. Imagina, meu trabalho era trabalhar com escritórios em Barbados, Santa Luzia, Porto Rico, foi o melhor trabalho que eu tive na organização (risos), o melhor de todos! Aí fiquei e fiz mia carreira en la organización, 20 e pouco de anos trabalhando com Europa, com Ásia e Latinoamerica. Depois fiquei como vice-presidente e aí foi que preguntaran se queria apresentar para o cargo de presidente e eu falei que não, porque sempre o cargo de presidente foi pra... Eu fui o décimo presidente na história da organização, sete foram americanos, um canadense, um australiano, nunca havia tido um presidente que não falava inglês como primeira língua. E falei que não, depois me pediram e eu fiquei como presidente interino por um año, viveu mui contentos e não há presidente que não dura muito e ao fim de año: “Nós queremos que você quede”. E por cinco anos, supostamente, aceitei, eu queria ser outras coisas e terminei sete anos como presidente. Mas uma experiência increíble, no solo profissionalmente, mas también por tudo que la organización me ha dado enquanto, vivo entre amigos e personas e, durante

minha experiência acá como Director pra Latinoamerica, eu tive o privilégio, o prazer, de trabalhar com a agência Brasil. Uma época muito dura, foram muitos desafios, mas salimos adelante, daí que eu tenho a AFS Brasil mui, mui cerca de mi corazón, as personas que muitos vocês falaram e com tudo porque é mui distinto quando você está trabalhando numa organización que está tudo bem, tranquilo, quando una que está lutando e principalmente valoro o trabalho dos voluntários do Brasil. Porque é muito mais fácil deixar tudo. Porque os que trabalham como voluntário pra una organización que está conseguindo logros e é muito distinto quando tem que poner mano dura e hacer cosas que não são agradáveis, que têm que tomar decisões muito difíceis. O mais fácil é sair. “Eu sou voluntário, vou trabalhar em outra organización”. Pero os voluntários como Maria [Fiorini] e muchas otras que você conheceu não fizeram isso: “Queremos que...”. E gracias a eles que ainda tem miesl estudiantes que ainda têm essa oportunidade do Brasil. E es de estudiantes de outros países que vêm ao Brasil, a tener essa oportunidade de conhecer tantas pessoas tan queridas, tendo um impacto na vida de muitos brasileiros. Daí meu cariño muito especial para o Brasil.

P/1 – E Tachi, desde quando você começou no Board of Trustees até depois assumir outras funções, já no AFS Internacional, o que você ouvia falar do AFS Brasil? Como o AFS Internacional enxergava o AFS Brasil?

R – Yo creo que, no início, quando eu havia ainda como voluntário, eu conhecia Brasil como uma organización muito respeitada. Sempre o AFS Brasil foi una organización muito importante, muito grande no mundo do AFS, o tamanho mesmo da população. E o AFS Brasil tem uma história muito rica, daí que até agora a que era superintendente dessa época, não sei se vai entrevistar, está na Bahia agora, a Ivete Albuquerque, ela é muito amiga minha, que era Andreza que é superintendente hoje, dessa época, dos anos 80, que era muito, muito, muito amiga. E depois los años fui conhecendo a toda... Fui parte dessa história, trabalhava muito, conheci como voluntário. Foi na época, acredito, nos anos 90, que tuvo a crise muito grande. O

Brasil tenía uma organización muito grande, por supuesto toda organización, toda ONG, o grande desafio de una ONG é ser um movimento social e una empresa, tem que encontrar um equilíbrio porque o grande desafio não é solamente tener sonhos, mas também é como vamos a pagar por esses sonhos. E tem que ser mais eficiente, mais cuidadoso e mais empreendedor, provavelmente, do que uma empresa, porque está tratando de equilibrar essee sonhos. E muitas ONGs hoje em dia, inclusive dentro do AFS, que tem os dois extremos, que tem muitos sonhos, pero ninguém está haciendo a pergunta: “Como vamos a pagar por esses sonhos?”. Ou tem outros, que têm uma gran conta bancária, mas esqueceram por quien hacemos o que hacemos, por isso nenhum extremo é bom. E o grande desafio do Brasil era gente jovem trabalhando nesse momento que pensamos e não tinha muita experiência de manejar uma empresa de um milhão de dólares probablemente, imagina, quanto dinero é mover mil, dois mil estudantes. E vindo o câmbio, lembra da grande situación de lo cambio de moeda, a crise econômica no Brasil, a gente sem experiência e que Brasil estava numa situação bastante dura, inclusive se falava nessa época, eu estava na diretoria de trustees e eu tenía que defender a Brasil, a diretora, pois estava na latinoamerica e até queriam fechar AFS Brasil, é muito dinero, estávamos com um milhão de dólares en rojo, no vermelho. Foi um cambio, uma troca de cruzeiro a real trocou tudo, então una coisa. E muitas outras empresas também não investia no Brasil. E aí foi que ajeitou todo o processo e foi o momento de apertar los cinturones, mirar o número de becas, de scholarships, de bolsas, que você dá para estudantes, tem que aumentar o ingresso de uma outra maneira, mais fundraising, ou aumentar los fees para los que puedem pagar. Isso são coisas pra voluntário, é muito, muito difícil porque você está em Joinville (SC), está em Porto Alegre (RS), está em Londrina (PR), Manaus (AM), você é o rosto do AFS nessa comunidade, não a Andreza, a superintendente atual, ou o escritório no Rio. Isso são os voluntários que têm a defender. É muito mais fácil apresentar bolsas, apresentar coisas boas que tener que decir: “Mira, señores, vamos tener que diminuir”. Por isso admiro los voluntarios, porque foi uma época muito dura. Eu me lembro que tivemos uma reunião de convenção nacional, de todos voluntários. E tínhamos aqui no, como se chama a cidade? Jundiaí (SP)? Jundiaí! Era um lugar que tinha que ver como cruzava na rua assim, estava quatro, cinco no mesmo quarto, muito pequeno. Depois que terminei a trabalhar com Brasil, as coisas já iam bem, e tenía em Curitiba (PR), em Florianópolis (SC). “Ah claro, quando eu trabalhava com vocês era nesses lugares assim, agora é nessas praia”, brincava com eles sobre isso. Mas essa é a maneira, voluntários que: “No, vamos a pelear”. Como eu falava com você, é mais fácil você desaparecer, trocar de organização, trabalhar outros projetos que posso trabalhar como voluntário: menino de rua, outras áreas. Por isso eu admiro o voluntariado do Brasil, es voluntário que hoje em dia continua muitos deles trabalhando aqui. Não foram por camino fácil. Personas como Maria que vieram a trabalhar, vamos hacer. E foram nas escolas, nas famílias, todos foram atacados: “Por que faz isso?”, bá bá bá. E aí foi creciendo, aí que veio o Eduardo, que você conheceu, o Eduardo Assed, eu lembro, tratando de convencer a ele a assumir essa organização, pero Eduardo traz experiência de área de for profit, com fins de lucro, foi muito útil. Pero también tinha a sensibilidade pra levar a organização adelante. Aí foi que Eduardo foi una persona que deve ser muito importante que quando estavam las cosas bem no Brasil liguei pra ele pra trabalhar em Nova York e até agora ele continua trabalhando na AFS Internacional, com parte do equipo da AFS Internacional. E hoje em dia la institución continua creciendo, fazendo coisas boas, sempre desafios, como toda ONG. No mundo de hoy eu acredito que organizaciones como a AFS, tanto no Brasil são muito importantes e devem continuar presentes. Há muitas outras coisas que se pode fazer também no Brasil, muitas vezes eu acredito que é mais útil do que um intercâmbio entre um paraguaio ao sul de Brasil, mas um brasileiro do Sul do Brasil ao Norte do Brasil, porque o Brasil também é uma realidade cultural muito grande e a oportunidade que tem a AFS com esse network, com essa rede, famílias, escolas e outras coisas, e isso é importante, estar constantemente pensando em que outras coisas podemos hacer. E isso eu creio que a AFS Brasil também está creciendo, dai que ahora está num momento importante da sua história, estamos contando essa história em certo sentido, de 60 anos, pero, espero e estoy seguro que Brasil para eso não solamente celebrar essa história, e si também nos aniversários são importantes pra preguntarmos também qual será o futuro dessa organização. Porque a missão da AFS não fala de intercâmbio cultural, a missão da AFS é, ainda, oferecer às pessoas oportunidades e creo que isso é importante. Por isso eu vejo uma organización que estava creciendo, que estava aprendiendo como toda ONG, como toda empresa, tem momentos buenos y malos, pero nos 60 anos o AFS Brasil se encontra um momento muy positivo de sua história. O grande desafio es como tirar vantagem dessa situação para ser muito mais.

P/1 – Tachi, explica pra gente como se dá essa relação do Internacional com o AFS Brasil. Quando que o Internacional intervem e pontua, fala: “Isso precisa mudar”?

R – Uma das coisas que siento muito agradecido com meu trabalho, com AFS Internacional, foi justamente a troca desse relacionamento. Você olha a história do AFS, ahora já com Internacional, quase 70 anos de história do programa de intercâmbio, intercâmbio 70 anos de história porque a AFS tem cem anos de história, mais de cem anos de história, celebramos os cem anos há pouco. Eis o problema, a gente não entende: no ano passado celebramos cem, agora vamos celebrar 70 (risos), a maneira que contamos no AFS. Inicialmente , do American Field Service, probablemente [vocês] conhecem um pouco da história, que foram os condutores de ambulâncias que ajudaram na Primeira Guerra Mundial. Ao chegar na Segunda Guerra Mundial, foi que uno de esos conductores da Primeira, chama Stephen Galatti, del Prêmio Galatti, foi que decidiu criar novamente outro grupo de jovens para ir a la Segunda Guerra Mundial. E uno de esos conductores, muito querido, Edwin Masback, siempre conta que ao voltar pela Segunda Guerra Mundial se reuniram num clube de Nova York: “E ahora o que hacemos con AFS?”, American Field Service. E de acordo com ele havia dois grupos, estaban los pensadores y los bebedores. Os bebedores queriam tomar e criaram um clube social. O outro grupo: “Hagamos algo, encontremos gente desses países que estaban atacando, como Alemanha, tratemos para que venham ver la realidade americana”. E é isso que é o American Field Service. Por suerte, os pensadores foram mais valientes que los bebedores, daí que surgiu o programa de intercâmbio. Então inicialmente era American Field Service e todos os intercâmbios eram com os Estados Unidos. Foi nos años 70 donde empezaron los programas internacionales, donde por primeira vez, lo primeiro intercâmbio era entre Chile e França, entre Brasil e Canadá. Quando eu fui estudante do AFS, foi o primeiro ano que por primeira vez um paraguaio foi à Suíça. E daí que foi trocando lá organización, por isso que yo siempre falo, se você olha a história da organización eu sempre falo que o cambio no AFS foi a única constante. E isso é importante, então a tua empresa, a tua ONG, por isso implica la organización ter que ir se adaptando a esses cambios. Entonces, quando eu entrei no AFS em 80, foi o grande desafio: “Por que somos American Field Services quando nos intercâmbios continua entre outros países. Entonces aí decidiu cambiar el nombre de AFS Programas Interculturales, mantener la sigla de AFS porque não entendiam, o estudante ia de Austrália para Paraguai, era American Field Service. Por quê? Justamente, não era de American, mucha gente não conhecia, entonces dijeran: “bueno”, esa fue una de las razónes que se cambió el nombre. Posteriormente, ao mesmo tempo, se cambió – y creo que foi o mais importante – o poder de decisión, porque anteriormente

la maneira que funcionava a AFS tinha um escritório no Brasil, em 1980, que reportava a Nova York. E os voluntários apojavam. Pero los voluntarios no tenían poder de decisão. Pero decíamos que lo voluntario eram el alma de la organización. E aí se decidiu criar o sistema de partnership, donde cada país é una organización independiente. É una fundación, una asociación civil, como es el caso do Brasil, una corporación sin fines de lucro, uma figura de corporación de cada país. E funcionamos, em certo sentido, e eu sempre defino o sistema de AFS como uma franquicia, pero una franquicia interdependiente. Somos como el McDonald’s, por que lo que hace el McDonald’s es que si vos va a un b McDonald’s en Paraguai, en Bolívia, en Brasil, en Francia, pedir um Big Mac, el Big Mac é praticamente o mismo, tantas rodajitas de tomate, la carne, il pan parecido, porque existem standards de calidad. Entonces, no caso da AFS tenemos um standard de calidad, para los estudiantes tenemos esto, esto, esto, comunes pra todo sistema. Mientras que AFS Internacional é protectora del nombre, assim como McDonald’s Corporation é protectora del nombre e contra a los distintas franquisias. Qual é la diferencia entre AFS e McDonald’s? La interdependencia. Porque se algo mal levar a McDonalds en Brasil a lo maejor não vai infectar, a Francia, a la Itália. Se alguém passa mal a McDonald’s em Brasil, na Francia não vai fazer nada, a excepción de una media coverage, una prensa mala. Pero si a lo passa mal a AFS Francia talvez em Brasil vá hacer algo porque intercambian, há un tráfico humano de personas. Então, eu defino o AFS como International Franchising, em certo sentido porque, a estrutura. Onde o rol do AFS Internacional es tres cosas: proteger el nombre, assegurar que el nombre AFS está bem protegido; assegurar los standard de calidad; e lo más importante para mim es ser, em certo sentido, eu diria el glue, o la goma, como chamar que uno pega?

P/1 – Cola.

R – La cola. Porque estamos hablando que tiene la AFS Internacional e tiene 55, casi 60 organizaciones independientes. AFS Brasil puede mañana decidir vender flores, si quiere, não sei. Pero tratamos sendo el objetivo internacional es crear la visión, la estrategia de tal manera que esos 40 mil voluntarios, esos mil empleados, esas 50 organizaciones vayan en una misma dirección. E yo creo esa cola, ese é o valor mais importante que tem na AFS Internacional. É um desafio grande porque definitivamente. O presidente da AFS Internacional, que actua en este es un general without an army, un general si una armada (risos), pois vos tenes el cargo de presidente pero realmente muchos sono organizaciones independientes. Hay cosas que puedes exigir pois están en los standards de cualidad. Pero otras cosas, decisiones, são tomadas localmente. Y esto es lo importante en la organización, porque desarollamos como organización el valor del trabajo voluntariado, não somente para ajudar, senão también pra tomar decisiones. E está formando líderes, de chiquitos hay jovenes de 20, habras conocido a Almir que tenía 30 años quando fui presidente. Outra história interessante da AFS, que eu admiro mucho porque es sua historia personal, que él haya contado, pero são criados lideres e vemos assim. Isso é una de las cuestiones que es lo más importante de la formación de líderes. Tuvo el privilegio cuando fui presidente de conocer a muchos participantes que são presidentes, primeiros ministros. Me recuerdo cuando en Minnesota tuvimos juntos en la Universidad de Minnesota, cuando el embajador de Austria ante las Naciones Unidas en una radio – en una entrevista en la radio - justamente habló del valor de la experiencia de AFS. Porque decia que forma líderes aunque en una comunidad muy pequeña. Él dijo, yo también fui, vin a los Estados Unidos com Fulbright, com projectos, por su experiencia n AFS marcou su vida por 16, 17 años, porque es el momento de formación e daí o valor da experiência mui distinto de cuando viajar no outro programa, outras cosas quando tienen 20, 30 años; 16, 17 años é algo que te cria uma diferencia. E isso es lo que hacemos forma líderes para el futuro dándoles las habilidades, principalmente empatia, que hoje também es algo necesario al mundo de hoy.

P/1 – E durante seus anos na presidência? Fala pra gente alguns dos marcos dessa relação com o AFS Brasil, dessa história desses anos.

R – Claro. Definitivamente, yo creo que si bien era presidente igual por mi miesma relación con la organización, con el carinho que tenía a Brasil, sigue siento por el valor que les custo a ellos salir de este punto bajo y subir arriba, siempre, por supuesto, todo muy interesado por lo que pasaba en Brasil, no podía tener el mismo – probablemente - tiempo que tenia cuando estaba en la organización pero simpre estaba interesado por las personas que trabajabaran. Tube el honor de venir en lo posible, varias veces a las asembleas, pues que para mí las asembleas de voluntarios es el choque de energía, – ¿como se llama esto que uno toma cuando está cansado? – el Guaraná para seguir adelante, lo que motiva a seguir adelante. Así que toda mi experiencia con AFS, cuando estaba de presidente, trate estar lo posible en los eventos cuando podía no solamente para ver el progreso, para ayudar para ese progreso pero principalmente para mí, personal, era una manera de motivarme a hacer lo que uno hace. Yo siempre digo que la posición de presidente muchas veces es muy solitaria porque esta lejos del contacto con las bases y no es solamente – yo siempre digo – que la tarea de un presidente de una organización, en el caso de AFS no es solamente estar sentado en un escritorio en New York tiene que estar en contacto con los voluntarios y con las bases que son bastante exigentes y cansador por estar hablando de un tema de una organización grande. E implica también que en la mañana estas sentado hablando con un presidente de un país e a la tarde estas tomando un helado con los estudiantes sentado en el pasto. Entonces esta es la mejor manera y es algo que yo traté de hacer cuando estaba presidente y yo simpre hacia de otros lados también que era tratar de hablar con los estudiantes porque uno aprende como la operación está, lo que está faltando lo que no está faltando. Por supuesto, los chicos quieren más, los jóvenes exigen más pero esta es la manera de conocer de cerca la organización y siempre traté de estar en lo posible en contacto com AFS Brasil con Eduardo que estaba superintendente por varios años y después con los que vinieran posteriormente y lo lindo es que este contacto depues de los años continua. Ahora a poco con este trabajo estoy veniendo a Brasil una vez por mes, praticamente y mantengo gracias a Facebook case 3 mil amigos que tengo aí mi red de contacto AFS de todo el mundo y donde puedo mantener en cierto sentido esa relación que fue criada con ellos.

P/2 – E fora o Brasil e o Paraguai, teve algum outro caso pelo mundo que foi desafiante durante a sua presidência, um momento de criação de um novo escritório num país?

R – Claro. No. Realmente siempre existen, como estaba hablando, existe una red bastante diversa que maneja aproximadamente 14 millones de dólares, es un negocio bastante grande también en lo qual uno tiene que hacer una operación seria, responsablecon un una gran responsabilidad en las manos porque AFS no esta vendiento computadoras, aires condicionados, está tratando con vidas humanas, menores de edad, una gran responsabilidad que tenemos en nuestras manos. Creo que lo primero para mi cuanto a desafio de la presidencia, eso siempre, para mi lo mas importante en lo posible era mantener la seguridad de los estudiantes, garantizar, garantizar a un padre que a su hijo no va a pasar nada. Nunca voy a olvidar, estuve estando presidente y vine a Paraguai visitar a mi familia y voy al aeropuerto para salir a Nueva Iorque y está el director de programas do AFS Paraguai me dijo: “Tachi, vení, te voy a presentar de acá tenemos ocho estudiantes y tenemos el primer estudiante de Paraguai que va a Tailandia” y me presentó a los padres y el papá era bastante joven, era médico, y la mamá no me recuerdo lo que hacia, mas eran universitarios, preparados y empezamos a hablar y les pregunté: “¿Cómo se sienten que se va a su hija a Tailandia?”, “No sé, no sabemos mucho, pero está muy entusiasmado y creemos en la organización”. Les conté que es un país fascinante que justamente les conte cosas porque estuve hace poco ahí y los ojos se abrieron y empezaron a hacerme preguntas: “¿Conoce a Tailandia?” Me dio lo que pensar en todo el vuelo de regreso. Aca tenias un matrimonio entregando su única hija, su más valioso recurso – su hija – diciendo: “Tachi, a vos, a AFS, a todos los voluntarios, les entrego confiando en ustedes”, enviando su hija – su más valioso recurso – a un país que no conocen nada, que nunca viran a ninguna persona que fue a Tailandia, no sabían pronunciar el nombre de la ciudad donde iba la hija y esa es la gran responsabilidad que tinen la AFS es de ahí que me acuerdo de una de las trustees – que era mi cheje cuando era presidente – me hizo una pregunta me dijo a los pocos meses: “Tachi, what keep you up at nigth? Que te mantiene dispierto a la noche?” Le dije que es esta idea que tenemo 13 mil, 14 mil jóvenes dispersos por todo el mundo y es una gran responsabilidad. Eso para mí siempre fue importante pues siempre existen situaciones, crisis, estudiantes, accidentes que lastimosamente también hay veces que mueren por problema de accidente o por problema cardiaco por suerte sucede poco pero son questiones porque estas trabajando con seres humanos y quizás la crisis más grande que yo tuve fue una discusión bastante grande con la organización de los Estados Unidos que quizo aislarse de la organización, salir y unirse con otra organización fue una discusión política que justamente fue con el network y que esta unidad – AFS Estados Unidos – estaba con serios problemas económicos y como decisión esta unidad quería… Que nun principio parecía tener una relación bastante buena, despues nos demos cuenta que era una cuestión mas de un merger, de una aquisición y fue una época de mucha tensión dentro de la organización dentro de mi presidencia pero afinal la red AFS decidio aydar la organización de los Estados Unidos para acabar a pagar su deuda y está cresciendo. O sea uno nunca sabe se la decisión que tomaste en este momento era lamás corretas pero eso fue lo correcto en ese momento. Estoy contento en ver que esto fue lo correcto en ese momento. Fue una época muy dura. Quizas esa fue una de las crisis más importantes que tuvo la organización mundial, en el momento que yo estaba de presidente. Creo que lo que hizo esa crise fue que la AFS salió fortalecida que es lo mas importante de todo y de Brasil que también pudo apoyar a los Estados Unidos.



P/1 – Tachi, eu queria agora perguntar um pouquinho da vida pessoal. Como é que foi se estabelecer em Nova York, criar os vínculos nos Estados Unidos?

R – Yo creo que fue un cambio radical en mi vida personal nunca pensé que iba a ir a los Estados Unidos, ya tenia toda mi vida planificada, estaba por casar, tenía toda mi vida ya… Y fue un cambio radical ir a los Estados Unidos, y prácticamente yo creo que me entregue a la organización porque estaba constantemente fuera, tube relación de pareja por mucho tiempo, nunca me case si bien tengo tres hijas si se quiere porque tenemos una persona que vivía con mi mamá, con mi abuela por muchos años y que se embarazo, estaba soltera y tuvo triezas, trilizas, tres nenas y son las que en la ocasión yo me encargue de todos de ellas y ahora son ya profesionales ya tiengo sobrinos nietos ahora y nunca perdi si bien vivía así simpre a viajar – miles y miles de millas pegando por mi trabajo y fue una de las razones que yo estrañava bastante a Paraguai si bien es cierto que en Estados Unidos, en Nueva York, hice tantos amigos, tanta gente querida en todo el mundo, principalmente. Si bien es cierto ahora estoy pensando a mudarme, como mis amigos están yendo a Miami, así que estoy pensando seriamente este año hacerlo, continuo viviendo en Nueva York pero fue una experiencia increíble, ¿verdad? Estuve como siempre tratando con mucho cariño a Paraguai y tratando venir, si bien una de las razones por que decidi salir de AFS era tener más tiempo para estar con papá y mamá, con mis padres ahora estoy tratando de venir. Vengo mucho a Brasil también vengo una vez por mes, o a cada mes y medio voy a Assunción a verlos es algo que es un privilegio bastante grande que tengo de tenerlos vivos y de poder estar con ellos, no sabemos por cuanto tiempo más. Pero fue una experiencia, o sea, Estados Unidos me abrió las puertas, adoro Nueva York ahora va ser un cambio grande ir a Miami, va ser mas una cuestión de amigos, de una vida un poquito más tranquila, Nueva York es bastante absorvente como conoces y así que este año me esperan bastantes cambios, estoy trabajando justamente con una organización tratando utilizar, tratando de hacer con la red AFS criar oportunidades de negocios lo que digo para esa empresa es que gran parte va a salir a AFS para bolsas de estudios justamente personas ya retiradas, unindo inversionistas con proyectos, un proyecto muy interesante que empezamos ahora, al año pasado que estamos abriendo la ___(1:22:00) las Islas Bermudas, así que estoy todavía indirectamente envuelto a la organización al salir los quatro años. Salí hace quatro años de AFS, de la presidência, decidí alejarme creo que era importante para mí, para el nuevo presidente que era amigo mio también, ayudar en eso, darle espacio. El año pasado me llamaron para ser miembro del board de los Estados Unidos por unos meses, me ocurrió alguen, yo acepté eso pero continuo siempre a lo tanto al lado de la organización y haciendo cosas que me apacionan que son principalmente las organizaciones sin fines de lucro y ayudando a Paraguai. Estoy con dos, tres fundaciones ahora, justamente, en la directoria, una es en Paraguai con el lugar Don Pablo Segundo que es un lugara par los niños con HIV que es un hogar que estoy apoyando hace diez años ya con mi familia y en Nueva Iorque estoy en una ONG que se llama Batery Dance Company que fue iniciada por una AFSer que fue a India en los años 60 que tiene varios proectos. Es una ONG que acaba tratando de instar en los jóvenes el aprecio a la danza y tiene un proyecto bastante interesante que se llama “Dancing to conect” que yo estoy en el directorio ahora y pudimos traer ese programa a Paraguai, Argentina y Uruguai y esperamos a Brasil i esperamos atraer a los niños a trabajar en la escuela secundaria durante una semana a trabajar con un proyecto de coreografia y de danza para crear en los niños la atracción al arte y tratan sobre temas relacionados con el medio ambiente, bulling, ellos hacen la coreografia y posteriormente la presentan. Es un proyecto muy interesante (...). Y al otro proyecto que estoy es que estamos empezando una fundación que se llama “Manitos” que es por un matrimonio que perdió su niña de cáncer – leucemia - con cinco años, se llama “manitos” y es para tratar ayudar los niños con cáncer y leucemia paraguaia. Si bien finazar la parte de negocios es importante ,para mi mi corazón está en el non-profit y es eso lo que me motiva y da un poco de vuelta a mi país natal que yo he estado lejos todos esos años. Eso es lo que es mi vida personal hoy día, pero siempre estoy dependiente de AFS, siempre me invitan, ahora ya estoy volviendo de a poco – voy a volver. Estuvo recientemente en Argentina, me invitaran también a los 60 años, tengo constantemente invitaciones para distintos eventos y, por supuesto, voy a estar presente ese año en los 60 años de Brasil. Hace cinco años estaba de presidente y quiero volver a ver a todos los amigos, esos son los planes. Y

siempre estoy pensando, dicen que AFS es como “Hotel California”: “you can check out but you can never leave”, puede chequear pero nunca va a salir, está constantemente haciendo parte de la organización. Fue algo que cambió mi vida y va a estar en mi constantemente promoviendo los programas, buscando maneras porque no solamente me ha dado una cuestión que crecimiento personal sino que me ha dado lo más rico que son los amigos en todo el mundo que lo sigo manteniendo. Muchos son como mis hermanos, de ahí lo que siempre decimos que cualquier persona que imagino – habras hablado con bastantes – la frase común que escuchamos de presidente a primero ministros, a Cristine Lagar, los grandes lideres del mundo, ¿verdad?, la ministra de relaciones exteriores de Argentina, Maria Luisa Vioti, Ronaldo ____ (1:26:04), no sé si lo gravaran, si él partyicipó porque es una persona de rol muy importane, un gran abodado acá de San Pablo que son personas que también fueron jóvenes, 15, 16 años, a una experiencia y la frase común que vas a escuchar es constantemente a parte de ellos es: “AFS cambió mi vida” y es es también algo que es latente en la mía.

P/1 – E tirando o trabalho, seus afazeres, o que você gosta de fazer nas horas de lazer, relaxar, distrair, pra descansar?

R – Me gusta mucho. Realmente mi vida por 30 años fue una locura, ¿verdade? Constantemente en aviones, movendo. En los últimos tres o cuatro años – si bien estoy viajando bastante, siempre todavía – una ex namorada mia que es muy amiga ahora trabaja en America y viajo mucho con ella, es uno de los beneficios de ella que me permite viajar también bastante de placer. Me gusta viajar, continuo viajando bastante, lo posible. Me gusta mucho, a mi me fascina, Nueva Iorque, toda la parte de museos, la parte de teatro, trato de quitar ventaja cuando pueda, que es lo que más me gusta pero principarlmente

cuando tengo tiempo – lo uqe he decidido cuanto a mis prioridades – es principalmente los próximo año por lo menos es familia, es mi familia en Paraguai. Salí a los 23 años, no he visto crecer a mis sobrinos, si bien venía a Paraguai bastante – una o dos veces por semena desde que salí todos los diálogos con mis padres de Paraguai. Si no llamo ya se preocupan, me llaman, recibo llamada, por suerte hoy día es mucho más fácil y más barato que antes, ¿verdad? Pero he decidido por lo menos en estos años que a parte del trabajo, por supuesto, subsistir, necesito enfocar en mis padres porque sé que son pocos años que les quedan entonces eso es lo que estoy haciendo. Mi familia es una prioridad bastante importante. Pero gosto de Nueva Iorque, me gusta el mar por eso una razones que quiero ir a Miami que también me facina levantar a la mañana y caminar y tener esa posibilidad para mi es importante. Probablemnte para mi porque Paraguiai es un país mediteraneo tenemos poca agua, una lagunita y ya me gusta el agua, probablemente por eso pero siempre tuve esa pasión. Para mí, el teatro, la música, yo miro mucho obviamente es parte de mi trabajo es constantemente temas internacionales entonces todo eso de los canales de televisión de noticias, veo mucha televisión en ese sentido, no veo muchas series de televisión, esas cosas que no me gustan pero – o sea – me paso con CNN. AlJasira, FOX News, me gusta escuchar los distintos puntos de vista. Acá me gusta mucho el canal de San Pablo de noticias, News São Paulo que tiene una cuantidad bastante interesante también y siempre, por el hecho de haber conocido tanto siempre estoy pendiente porque lógico como estaba dicendo anteirormente escucho algo de Filipinas, Quenia y ya asocias con el rostro de una persona, con un amigo, que te hace interesado en lo que está pasando en ese lugar.

P/1 – Você chegou a conhecer a Grécia, a Síria?

R – Conheci, conheci a Grécia. Síria não, lastimosamente en el momento que iba ir empezaron las tensiones. Conoci Libano porque mi abuelo nació en Siria y despues fue a Libano. Pero conoci el lugar de mi familia, tenemos contacto gracias a Facebook. Mi abuela salía peleada con muchos hermanos en ese momento, despues tuvo contacto y como murrió muy jóven él se perdió mucho contacto con Grécia pero gracias a Facebook y a social midia podimos estar en contacto y tenemos los sobrinos de mamá que están en Chpre, Grecia,, Sud Africa y en distintos países i estamos flaneando un evento. Así es, pero estamos en contacto con ellos.

P/1 – Tachi, quais são os maiores aprendizados que ficam dessa sua história, que é misturada, que é junta com a história do AFS?

R – Aprendizaje. Yo creo, pregunta interessante. Para mi, la mayor aprendizaje es el potencia... Nunca pensei, en mi vida, cuando estava na escuela, con pocos recursos, que me iba cambiar tanto, yo e mio hermano, principalmente. O principal aprendizado pra mim é el valor de la educación en crecimiento de una persona. No estoy hablando somente de la educación formal, si no que educación informal. No necessariamente implica em ser mejor aluno, em tener las mejores notas, sino tambien hay que ser acompanhado de una educacioninformal en el sentido de una experiencia de vida. Yo creo que lo que más he valorado de mi experiencia con AFS en toda mi vida fue tener esa posibilidad de una personq ue con pocos recursos puede crecer y puede levar a su máximo potencial. Eso fue lo mayor aprendizaje, el más grande. Lo otro que valoro es la oportunidad que tuve en esta vida de apreciar a las personas por lo que son, de tener empatía, porque hoy día, me frustra cuando leo los periódicos y veo los comentarios de las personas con los eventos. Somos tan rapidos para juzgar ne frente a la computadora y poner comentarios sobre las personas sin ponerse en los zapatos del otro, con un acidente, lo que pasó porque estaba borracho, sin pensar realmente. Yo creo que ese es otro aprendizaje que tengo en mi vida de mi experiencia personal y mucho también le debo al AFS que tuve la influencia por supuesto en mi vuda por mis treinta años, más de la mitad de mi vida. Más de la mitad de mi vida traje con la AFS, esa capacidad del aprendizaje de valorar a persoas, de pensar dos veces antes de emitir una opinión, que en el mundo hoy es tan fácil dar opiniones y eso creo que es la segunda. Y el tercer – yo diría aprendizaje – es esta amistad que tengo, de amigos y de personas que consegui, que son muy valiosas y que trato de mantener, implica esfuerzo, o sea, utilizo mucho el facbook, tenés que utilizar. En la mañana, al dispertarme estoy ya con mi Facebook – a la noche también, antes de dormir – tratando lo posible cuando puedo, hoy es más fácil

pero es la única manera que uno puede estar en contacto con todos los amigos en el mundo de hoy he mantenido estas amiztads, tratando de mantener a lo que se sucede y me siento muy privilegiado en ese sentindo, de tener no solamente conocidos sino son buenos amigos, contantemente vienen. Vine a un evento de un amigo acá en São Paulo en este fin de semana y somos amigos hace veinte años y fue un encuentro muy lindo, como si no haya pasado el tiempo, estamos en contacto. Adoro Brasil, yo creo que por eso también mis amigos... Adoro música, mi mejor amigo acá en Brasil trabaja con los mayores artistas acá en Brasil, así que yo tuve el placer de conocer a Sonia Braga, Maria Bethania, Caua Reinolds, todos los artistas que trabajan con ello. De pequeño, de chico, me facina la música popular brasileña por eso mucho de mis amigos de AFS – le toca a Almir que siempre me decía: “Tachi, você nasceu no país errado” porque realmente el cariño que tengo a Brasil es grande justamente por los amigos que tengo. Son estas cosas: la amistad, el hecho de poder ver las cosas de distintos puntos de vista y de no hacer tan rápido de dar opinión – creo que son las cosas más importantes y a parte todo el aprendizaje de vida de poder surgir y todo el poder de la educación, gracias a papá y a mamá que fueron lo que me dieron, ¿verdad? El valor de la educación como forma de formación personal que es lo mas importante que hiciste en la vida.

P/1 – E quais são seus sonhos, Tachi?

R – ¿Mis sueños? ¡No sé! Sabes que justamente otro dia hice hace poco un curso con un amigo que se llama “coaching for sucess”, coaching para el êxito, donde miran justamente todo de tu vida, no solamente a parte professional, de carrear, sino tambien de mirar del punto de vista personal, de salud, de amistad, social, etc. Y yo me doi cuenta que mi sueño es que yo quiero continuar apoyando a ONGs, esa es mi pasión. La vida es constante stress, quiero stressarme con cosas que estoy apasionado, así que espero reitre – aposentar – y continuar trabajando en ONGs con “Manito”, con “Batery Dance”, como con los niños de Don Pablo Segundo, y principalmente por los niños. Para mi, no hay mejor cosa o cosa más linda en el mundo que la sonrisa de un niño pero también la cosa más triste, más dura es un niño sufriendo, enfermo. Esa es la peor cosa que puede haver y uno de mis sueños es continuar apoyando y hay personas que están muy comprometidas en eso. Mi sueño principal yo creo que es eso. Y lo otro es, yo creo que me siento muy privilegiado y afortunado en la vida, tengo mis padres que están vivos en esta edad, así que no sé si tengo sueños grandes

pero principalmente tratar de vivir el momento y tartar de ver lo que la vida nos dá. Dos frustaciones que saleiron de mi coaching: tocar piano y aprender francês. Creo que tengo tiempo, así que veremos lo que passa.

P/1 – Tachi, se você pudesse deixar uma mensagem que expressasse o seu carinho pelo AFS Brasil, quais seriam essas palavras?

R – Yo creo que, como disse anteriormente, a AFS Brasil está mui cercana a mi corazón. Porque não solamente como outras organizaciones por el hecho que sufrimos juntos, trabajamos juntos e se hay algo que une las personas son las crises. Daí o valor de las crises en la vida de uno, si la vida es perfecta, no hay problema. Yo creo que lo que hay crise es lo que más aprende. E isso me passou com AFS Brasil. Foram épocas bastante duras, que tambien hizo con que tuvieramos grandes amigos, pois crescemos juntos, trabajamos juntos e celebramos juntos. Daí que estoy muy orgulloso de la trayectoria de la AFS Brasil. É una organización non solamente grande pelo tamaño del pais y por tudo. E sempre muy comprometida com la mission, que muda muchas cosas y como siempre digo una ONG no es solamente la cuenta bancaria que uno tiene sino que hace lo dia a dia y como influencia las personas. E me siento muy honrado de ser parte, me siento muy honrado que sei que ellos tienen un premio en mi nombre, que pra mim, yo no lo sabía. No momento que me contaran estan mi mamá y i papá AFS conmigo entoces fue un momento muy especial para mí y creo que es el cariño mutuo, realmente porque valoro lo que ellos han hecho, los que están haciendo y estoy feliz de tener en Andreza, la gente que está ahora, en Diogo – no sé se entrevistaran el nuevo presidente de AFSen Brasil. Diogo era voluntario joven, jovencito cuando yo era presidente y ver ele crescer en la organizacion… Así que estoy justamente muy feliz por lo que está logrando, se que tinen desafíos – el país no ayuda, tenemos que hacer un trabajo mucho más difícil pero confio en Andreza que esto va a continuar a seguir adelante y estoy seguro que estos 60 años hay que celebrar y estoy seguro también que hay que evaluar y ver hacia donde queremos llevar AFS Brasil al futuro y el potencial de este país es tremendoy la cualidad humana con la que cuentan realmente… Ojala puedan entrevistar a todos, hay gente tan valiosa, tan querida donde te pueden contar todo lo que han hecho asi que lo único que puedo decir es: “Felicidades AFS Brasil en estos 60 años, me siento orgulloso y privilegiado de ser parte de esa historia”. Casi me hizo llorar!

P/1 – E pra gente encerrar eu queria que você falasse como foi pra você voltar lá atrás, pensar na sua história.

R – Realmente, eu não pensei, ou seja, eu no tenía idea de que era esto. Pensei que fosse una grabación, em primeiro lugar, pero nunca pensei que ia ser mi vida personal también. Pero me hiciste pensar e, principalmente, yo creo que é muy buena esta experiencia poque me hice tambien: “nunca te olvides de lo que tines, hay desafíos en tu vida, constantemente estas pensando en las cosas malas pero también tenemos que pensar en las cosas buenas que tiens”. Entonces lo que hiciste hacer fue evaluar no solamente mi vida AFS, mi vida personal así que agradezco a tus preguntas.

P/1 – Então em nome do Museu da Pessoa e do AFS a gente agradece você ter tirado o seu tempo e contado a sua história pra gente.

R – Muito obrigado

P/1 e P/2 – Muito obrigada.