Patrícia Rodrigues da Silva

sobre

Pagu via a sua tataravó subir no telhado para ralar mandioca e pegar a força do sol, recebia os benzimentos de sua tataravó que lhe revelou certa vez que eram todos indígenas, algo que o restante da sua família tentou apagar e esconder, após preencher ser indígena em uma vaga de emprego foi recusada por conta disso, assim como ouviu que a universidade não era o seu lugar de professores, mas Pagu não desistiu, buscou parente a parente, escavou com perguntas mórbidos silêncios e não foi acender vela do funeral da sua identidade, muito pelo contrário, se assumiu como indígena Fulni ô, como benzedeira e parte integrante da luta, tudo isso nos conta Pagu enquanto pita o seu cachimbo.