Museu da Pessoa

Uma grata surpresa

autoria: Museu da Pessoa personagem: Daviane Chegoski

Correios 350 anos
Depoimento de Daviane Chegoski
Entrevistada por Julia Vagner Pereira
Rio de Janeiro, 24/11/2013
Realização Museu da Pessoa
BRA_CB032_Daviane Chegoski
Transcrito por Karina Medici Barrella
MW Transcrições



P/1 – Vamos começar dizendo seu nome completo, seu local de nascimento e

data.



R – Meu nome é Daviane dos Santos Chegoski. Eu nasci em Erechim, no estado do Rio Grande do Sul, no dia três de abril de 1981.



P/1 – E na cidade em que você nasceu você passou sua infância?



R – Não. Eu nasci no Rio Grande do Sul, me considero gaúcha, mas eu acabei vindo bebê para o estado do Paraná, lugar onde eu me criei.



P/1 – Entendi. E que lembrança mais marcante você tem da sua infância?



R – Brincadeiras de rua, vôlei, queimada, são boas lembranças. A minha infância me traz boas lembranças.



P/1 – E a escola?



R – Também. A escola foi um período muito gostoso de inocência, de brincadeira.



P/1 – Algum professor, professora marcante?



R – Professora do pré. Tia Eliane. Um doce de tia, nós chamamos de tia lá. Ela me influenciou positivamente.



P/1 – E ensino fundamental e médio foram na mesma escola?



R – Na mesma escola. Eu tive oportunidade de me relacionar vários anos com os mesmos alunos que se tornaram amigos. Mas isso foi na cidade de Cascavel, no interior do estado do Paraná. Depois eu vim a Curitiba, que é a capital do Paraná.



P/1 – Depois quando?



R – Com 24 anos. E aí eu já me distanciei um pouquinho dos meus amigos de Cascavel.



P/1 – Mantém cartas?



R – Carta eventualmente, hoje acaba sendo mais celular, WhatsApp, mas eu gosto de escrever. Eventualmente eu utilizo a carta.



P/1 – E na adolescência? Você tinha algum hobby, algum esporte, alguma coisa que você fazia?



R – Tinha. Adorava colecionar papel de carta, escrever, aí tinha o caderno de confidências, boas recordações.



P/1 – Você tem isso guardado?



R – Caderno de confidências eu tinha até um tempo atrás, eu acabei me desfazendo por questão de espaço na minha casa. Mas até então, quando eu vi foi um momento de nostalgia.



P/1 – E quando acabou a escola o que aconteceu?



R – Quando acabou a escola, nesse período eu comecei a trabalhar já, eu comecei a trabalhar muito cedo. Aos 14 anos comecei lá, é uma empresa de telecomunicações que lá, na época, era chamada de Telepar. Depois a Telepar privatizou, virou Brasil Telecom que é hoje a Oi. Na época eu fiquei dos 14 aos 20 anos trabalhando nessa empresa, então eu trabalhava e estudava. Minha vida sempre foi muito agitada, comecei muito cedo. Nesse período livre eu lembro de estar com os amigos, brincando, saindo. Logo depois do ensino médio eu já comecei a faculdade de Administração.



P/1 – Você fez Administração?



R – Isso, fiz Administração na faculdade de Cascavel.



P/1 – E por que você escolheu Administração?



R – Porque é uma profissão que me dá uma abrangência, principalmente na questão de gestão de empresa, a executivo, te dá uma série de possibilidades, tanto em você ser empreendedora e ter sua empresa, quanto atuar em outra empresa, multinacionais, então é uma profissão que me encanta bastante, essa parte de gestão de empresa.



P/1 – Aí você terminou a faculdade, o que aconteceu?



R – Aí eu já comecei uma pós-graduação na área de Gestão Estratégica de Negócios e me dediquei bastante a essa questão de me profissionalizar, ter maior conhecimento. Nesse meio tempo eu fiz um concurso para os Correios,

acabei passando e essa vaga era em Curitiba. Não havia me planejado em migrar da minha cidade, então fui sozinha pra Curitiba.



P/1 – Aos 24 anos.



R – Aos 24 anos.



P/1 – Você mudou por causa do concurso.



R – Isso. Foi uma grata surpresa porque eu fiz o concurso, eu tava em quarto lugar, foi a maior comemoração e foi um momento muito feliz e marcante da minha vida, foi um divisor. Porque você sair de uma cidade de interior, outros hábitos, mais calma. Cascavel é uma cidade de porte médio.



P/1 – Qual foi sua primeira impressão de Curitiba?



R – Tudo muito grande, muito agitado. Você se ambientar com esse ritmo foi algo bem delicado, até você conhecer novas pessoas, formar seu grupo de amigos. No início eu ia de 15 em 15 dias pra Cascavel, ou seja, ficava um final de semana em Curitiba e o outro ia pra Cascavel, voltava chorando porque eu queria estar lá. Inicialmente, quando eu fui pra Curitiba, a ideia era ficar um ano só e assim que fosse possível transferir e voltar pra Cascavel.



P/1 – Mas isso não aconteceu.



R – Isso não aconteceu. Porque eu acabei me ambientando, me adaptando muito bem à empresa, aos Correios e às oportunidades que têm em Curitiba.



P/1 – Além da sua relação profissional com os Correios, você tem algum interesse por selo também?



R – Na prática, há menos de um ano eu estou na área de filatelia, então, a minha carreira acabou migrando pra essa área filatélica. A minha atividade no Paraná é conduzir os eventos de lançamento de selo, esse relacionamento com o filatelista em função da agência de correios, da agência filatélica que tem no Paraná. Tem a nossa gerente, mas eu dou todo esse suporte em relação a eventos e acabei me envolvendo de forma direta com selos, com a filatelia.



P/1 – Tem coleção particular?



R – Ainda não, mas eu já estou começando a me interessar.



P/1 – E é a primeira vez que você participa da Brasiliana?



R – É a primeira vez. A minha experiência profissional vindo pra cá foi na área de Comércio Exterior. Fiquei sete anos na área de Comércio Exterior e hoje eu sou professora universitária também na área de Comércio Exterior. Então migrar pra filatelia foi uma grata surpresa. E o Brasiliana, que é um evento internacional, eu pude contribuir com o conhecimento de Comércio Exterior nessa relação com os correios de outros países. Isso é muito importante, eu ter a oportunidade de conhecer outras etnias, conversar com outras pessoas, ver essa miscigenação, acho bem interessante.



P/1 – Tudo pelo selo.



R – Tudo pelo selo.



P/1 – E pra gente finalizar, quais são seus próximos passos? O que você imagina, o que você quer fazer?



R – Agora, bom, eu fiz duas pós, então, migrar, seguir em frente, fazer um mestrado e doutorado. Sonhos, continuar conhecendo o mundo, viajar bastante, acho que isso é uma injeção de cultura pra qualquer um. Ter oportunidade de conhecer outras pessoas de etnias, e continuar nos Correios com muito amor, fazendo tudo com muito amor, como todos os funcionários fazem isso, realmente vestem a camisa. E ter outras oportunidades. Sempre estou à busca de outras oportunidades. Os Correios é uma empresa que está se modernizando, o seu planejamento 2020, então buscando novas oportunidades e agregando à empresa.



P/1 – Bacana. Obrigada por dividir com a gente essa breve pincelada na história, mas é bom porque a gente conhece um pouquinho de cada um. Essa história daqui mais ou menos um mês deve entrar no site, então você vai ter acesso a ela e a outras tantas. E é isso, eu só tenho a agradecer esse interesse de compartilhar com a gente, tá bom?



R – Eu que agradeço, obrigada.



FINAL DA ENTREVISTA