Museu da Pessoa

Histórias narradas através de cartas

autoria: Museu da Pessoa personagem: Lisaneo Macedo Moreira Melo

Projeto Correios 350 Anos
Depoimento de Lisâneo Macedo Moreira Melo
Entrevistado por Julia Wagner Pereira
Rio de Janeiro 24/11/2013
Realização Museu da Pessoa
BRA_CB029_Lisâneo Macedo Moreira Melo
Transcrito por Liliane Custódio
MW Transcrições



P/1 – Então vamos começar você dizendo o seu nome completo, a data e o local do seu nascimento, por favor.

R – Tá. Agora?

P/1 – Pode.

R – Vamos lá. O meu nome é Lisâneo Macedo Moreira Melo, eu nasci em nove de janeiro de 1978, numa pequena cidade no interior do Ceará chamada Crateús.

P/1 – Você tem irmãos?

R – Tenho um irmão.

P/1 – E nessa cidade que você nasceu, você passou quanto tempo da sua vida?

R – Eu nasci nessa cidade e logo em seguida, após o parto, já retornei pra outra cidadezinha chamada Ipueiras, que fica ao lado, onde a minha família na época residia. E aí eu fiquei lá nessa cidade até os 18 anos, depois fui pra Fortaleza e Fortaleza para o Rio.

P/1 – E como era a sua cidade na sua infância?

R – A minha infância foi muito feliz, porque era uma cidade pequena, onde eu cursei o ensino fundamental por lá. E aos 16 anos eu tive a minha primeira experiência profissional como estagiário dos Correios. Tão logo a... Eu devia estar na sétima ou oitava série do antigo primeiro grau, a professora anunciou que ia ter uma seleção pra escolher três estagiários e aí da nossa turma ela selecionou os três melhores alunos pra fazer uma prova interna pra indicar para o gerente dos Correios nessa cidade.

P/1 – Vamos retomar isso depois, mas na sua infância, amigos de rua, familiares, amigos de colégio, você tem alguma recordação deles?

R – Tenho. Tenho várias recordações.

P/1 – Brincadeiras?

R – Eu quando mais jovem... Eu nasci com catarata, então usava aqueles óculos fundo de garrafa, então eu fazia a festa da garotada.

P/1 – (risos).

R – Mas nem por isso eu... Eu queria tentar a minha vida de jogador de futebol com aqueles óculos fundo de garrafa. Quebrei muito óculos com o Alex, com o Mira, com o Damião, era a galera que a gente sempre andava junto. E esses amigos, hoje, eu infelizmente perdi contato com eles.

P/1 – Mas jogava muita bola?

R – Jogava muita bola, já quebrei muito óculos. E ainda tinha a desvantagem de ter o pé torto. Já usei muito tempo bota, então contrariando toda a lógica, tive uma infância muito saudável (risos).

P/1 – (risos) E o colégio? Como é que era o colégio?

R – O colégio era... O colégio estadual era o Otacílio Mota e lá a gente se reunia na hora do recreio pra jogar as partidas de futebol, pra furtar o lanche das meninas, entendeu? E pra brincar com os alunos que eram mais... Pouco interagiam. Então era muito animado.

P/1 – Algum professor marcante?

R – Sim. Padre Zé. Ele foi padre, aí ele deixou a batina e foi ministrar aula de Matemática e foi o professor mais bem sucedido pra me ensinar Geometria. Depois dele, o segundo grau, pouco tive proveito com Matemática. Ele foi mais bem sucedido.

P/1 – E você gostava ou você tinha muita dificuldade?

R – Eu tinha dificuldade, mas eu aprendi com ele, porque ele tinha realmente... Ele era muito talentoso na arte de transmitir conhecimento, com toda a rigidez dele. Porque ele além de padre, ele também era realmente assim bem, um regime assim bem fechado, mas num instante eu consegui enxergar certo carinho nele em transmitir conhecimento.

P/1 – E festas na escola? Tinha festas?

R – Tinha bastantes festas. Festa junina, né? Tradicionalmente era o forró. Eu nunca aprendi a dançar forró, mas eu estava lá.

P/1 – Participava.

R – Participando (risos).

P/1 – E aí depois da infância, adolescência, você também continuou nessa cidade que você falou até mais ou menos os...

R – É. Eu fiquei lá até os 18 anos. Então logo terminou o estágio, tinha terminado o ensino médio, fui me preparar pra fazer o vestibular, e aí eu fui pra Fortaleza.

P/1 – Mas você fez o fundamental e...

R – Fundamental e o nível médio lá.

P/1 – Na mesma escola?

R – Não.

P/1 – Mudou.

R – Mudei pra um colégio mais forte. Um segundo grau num colégio particular.

P/1 – Como que era esse novo colégio?

R – Lá era realmente... Esse novo colégio, o Colégio Geo, era um colégio mais dedicado pra você ser bem sucedido no vestibular. Então a gente estudava bastante, tinha aulas de fim de semana. Então era bem puxado. Eu que vinha num ritmo mais tranquilo, aí realmente parti pra um negócio mais, digamos, mais voltado em si pra lógica do vestibular.

P/1 – E aí foi nesse colégio que você se candidatou pra estagiário do Correio?

R – Nessa época eu já tinha saído do estágio, o estágio dos Correios. Era do primeiro para o segundo grau.

P/1 – Ah, tá.

R – Do primeiro pro segundo grau.

P/1 – Entendi. Então conta pra gente como é que foi esse lance do estágio.

R – Esse lance do estágio foi muito interessante, porque eu já gostava de selos. Eu sempre mobilizei a minha família pra juntar selos. Até hoje eu ainda tenho selos guardados. E aí quando pintou essa possibilidade, no meu imaginário ainda falei: “Nossa, o dinheiro que eu receber, eu vou comprar tudo de selo, que eu quero aumentar a minha coleção”. E aí eu aprendi a ter responsabilidade, a receber aquele dinheirinho do estágio. O Osias, que era o gerente da agência da época, falou: “Lisâneo, você vai ficar aqui pela manhã interno, entendeu? E, posteriormente, no decorrer do seu estágio, eu quero que você vá entregar cartas. Queria saber se tem algum problema em você entregar carta”. Aí eu falei: “Não. Não tem problema” “Você sabe andar de bicicleta?”. Eu falei: “Claro que sei. Sei andar de bicicleta”. Aí eu fiquei cerca de seis meses dentro da agência. Saía do colégio, aí à tarde eu ia pra agência. Depois ele falou: “Olha, já que você já conhece mais ou menos as ruas, então vou te dar um bairro aqui”. Fez um quadrante pra mim, deu um pequeno mapa: “E aqui você vai fazer a entrega das cartas”. E foi, talvez, um negócio assim muito interessante, porque como a cidade era pequena, invariavelmente você conhecia as pessoas. Então pra mim era uma festa aquilo, porque quando eu ia entregar, sempre as pessoas iam oferecer aquele cafezinho (risos).

P/1 – (risos).

R – Aí eu parava pra tomar um café, às vezes não voltava mais, já levava a bicicleta pra casa (risos). Aí no outro dia ele chamava, falava assim: “Cara, você não pode levar a bicicleta, entendeu? Pelo menos você deixa aqui, depois você vai embora”. Mas era assim gratificante porque eu encontrava os colegas, conhecia os pais dos meus colegas: “Poxa, Lisâneo, que legal. Você está entregando, você já está trabalhando”. Aí tinha aquela comparação: “Olha, o Fulano não vai arrumar nada pelo jeito, né?”. E eu ficava lá, e lanchava, entendeu? E conversava.

P/1 – E aí de fato você gastou o seu dinheiro em selo?

R – Uma pequena parcela eu gastei em selo, o restante eu gastei pra comprar as minhas coisinhas (risos).

P/1 – Aí o estágio acabou...

R – O estágio acabou.

P/1 – Você continuou estudando.

R – Continuei estudando.

P/1 – E fez o vestibular?

R – Fiz o vestibular lá. Não consegui êxito lá, porque a única faculdade de Direito que existia era a Universidade Federal do Ceará, em Fortaleza. O máximo que eu consegui chegar foi à segunda fase e aí não consegui êxito. Aí meu pai resolveu: “Cara, não perde tempo. Vai pro Rio, você tem família lá, a família da sua mãe, sua vó tá lá e lá você vai conseguir. Faz uma faculdade paga e depois a gente dá um jeito. Quando você terminar, aí você volta pra cá e aí fica tudo certo”. Eu, contrariado, vim. Porque eu gostava da minha vida, entendeu? Minha vida era... Tinha os amigos todos lá, mas vim aqui pro Rio em 99, então com 19 anos de idade.

P/1 – E você já sabia que você queria Direito?
.
R – Sabia.

P/1 – O que te levou a escolher Direito?

R – Porque Direito... Meu pai sempre me deu três opções: Engenharia, Medicina ou Direito.

P/1 – (risos).

R – (risos) E aí eu não tinha vocação pra saúde, pra Engenharia eu nunca gostei de Matemática, tão pouco de Física, então fui pra Humanas, para Direito.

P/1 – É o que sobrou.

R – Sobrou Direito. Mas confesso que eu sempre procurei saber sobre a carreira de Direito, sempre achei uma carreira muito bonita, entendeu? E gosto da minha formação.

P/1 – Aí você veio pro Rio porque a sua família materna estava aqui. A sua vó morava ou ela era aqui do Rio?

R – Morava. Ela era de lá, mas ela já estava no Rio aqui há bastante tempo.

P/1 – Onde que ela morava?

R – Na Ilha do Governador.

P/1 – E aí você foi morar na Ilha?

R – Fui morar com ela na Ilha.

P/1 – E como é que era lá na Ilha essa época?

R – Lá na Ilha era muito legal.

P/1 – Qual foi a diferença? O que você sentiu quando você chegou?

R – A diferença cultural é impactante, porque eu vinha com um sotaque muito puxado, aí eu era o Paraíba e alegria da turma. Mas eu nunca me deixei levar isso pejorativamente. Eu sempre fui muito articulado, sempre conversei muito com as pessoas. Nunca sofri nenhum... Nunca levei esse tipo de preconceito que causou nenhum transtorno pra mim. Pelo contrário, sempre fui muito... Fiz grandes amigos lá na Ilha, entendeu? Minha primeira namorada foi ali da Portuguesa, era filha de um militar, então foi muito interessante. Assim, o choque cultural realmente ocorreu.

P/1 – Cidade grande.

R – A cidade grande, né? Mas nunca me intimidei com o Rio. Pelo contrário, procurei sempre me sentir um natural daqui.

P/1 – E aí você trocava correspondência com a sua família?

R – Pois é. Pois é. Quando cheguei aqui já não tinha mais tanto aquele negócio do correio, já existia o e-mail, o telefone, então foi ficando de lado. Mas você acredita que até hoje, sempre que chegava uma carta de um parente, eu ia lá, recortava aquele quadrado e guardava o selo.

P/1 – Então a sua coleção é antiga?

R – Coleção antiga. Tenho uns selos muito antigos. Já vi muito dos meus selos ali, estão expostos ali.

P/1 – Mas aí você ficou na Ilha, concluiu a faculdade e depois? O que aconteceu?

R – Aí comecei a trabalhar. Comecei a fazer a faculdade e a trabalhar. E depois eu fui morar na Tijuca. Agradeci a minha vó pela estada: “Vó, muito obrigado, mas eu estou indo morar na Ilha com uns colegas meus lá do trabalho, tá?”. Fui morar ali perto do Largo da Segunda-Feira. Fui morar lá. E de lá com... Foi morar eu, Marcelo e...

P/1 – Uma república de meninos.

R – Uma república de meninos. Eu, Marcelo e outro que eu esqueço o nome. Eram mineiros. Eram mineiros. Éramos nós três.

P/1 – Como era? (risos)

R – Era assim, sabe, apartamento de homem. Três solteiros, entendeu? Era aquela bagunça. Ali no Largo da Segunda-Feira tem uma bandinha ali, Banda do Largo da Segunda-Feira. Então época de Carnaval só tinha começo. Sabia como começava, como terminava... (risos) E aí fiquei lá até metade da faculdade, porque aí eu fui pra outra faculdade, fui morar no Méier, onde estou até hoje.

P/1 – E aí você terminou a faculdade, prestou concurso?

R – Terminei. Terminei. Comecei a faculdade, tive que trancar a faculdade em 2002, 2003. Tranquei a faculdade por falta de dinheiro, tá? Meu pai não conseguiu mais mandar dinheiro pra mim, eu tive que trancar. Aí fui trabalhar como telemarketing e fui estudar pra concurso público. Em 2002 eu prestei concursos pra Tribunal de Justiça, BNDES, Furnas e Banco do Brasil. Aí passei para o Banco do Brasil. A minha melhor colocação foi Banco do Brasil. Tribunal de Justiça, colocação intermediária, estava entre os classificados, e Furnas também. Em 2004, onde menos esperava ser chamado, fui chamado pra Furnas, Centrais Elétricas ali em Botafogo, onde fiquei até 2010... 2012, já que em 2010 eu passei pra Fiocruz, pra tomar posse agora em 2012, ano passado, né? 2006 eu me formo como advogado já em Furnas, mas lá em Furnas eu era assistente administrativo. Quando conclui a faculdade, virei assessor jurídico em 2008, até 2010 como assessor jurídico.

P/1 – E saiu?

R – Saí pra Fiocruz. E hoje, de 2012 pra cá, sou analista de gestão, mas continuo com a cartela da OAB e advogando na medida do possível. Nunca contra a união, já que eu não posso advogar contra a entidade que me remunera.

P/1 – E seus pais lá no Ceará?

R – Os meus pais estão lá sozinhos, porque o meu irmão veio morar comigo em 2010, tá há quatro anos comigo aqui.

P/1 – Ele é mais novo?

R – Ele é mais novo seis anos. Eu estou com 36, ele hoje está com 30. Sou seis anos mais velho que ele. E os meus pais estão lá dois enamorados, né? Porque os filhos já criados, eles têm aquela casa enorme só pra eles. Meu pai hoje é secretário de agricultura dessa cidade, de Ipueiras. A minha mãe é professora aposentada. Dona de casa.

P/1 – E em relação a sua coleção, que eu fiquei curiosa, vamos falar.

R – Vamos lá falar da coleção.

P/1 – Você começou desde pequeno?

R – Eu comecei minha coleção com 14 anos de idade.

P/1 – Antes de entrar no estágio do Correio?

R – Antes de entrar no estágio do Correio, eu já juntava selos.

P/1 – Como surgiu essa ideia? Onde nasceu isso?

R – Surgiu essa ideia porque eu sempre fui muito curioso, sempre fui muito... E achava... O que me chamou a atenção foi um selo de futebol. Existia uma coleção dos Correios de futebol, de 87, Copa União. Aí tinha Flamengo, Vasco, nessa época eu já gostava do Vasco. Achava aquilo... Fascinado, entendeu? Aí eu comecei a juntar selos por ali. E a minha vó, que nessa época estava no Ceará, os filhos dela todos aqui no Rio mandavam muita carta pra lá, entendeu? E quando ela veio pra cá para o Rio, a minha mãe, as irmãs que ficaram lá no nordeste recebiam muito selo. Então eu sempre tive uma fonte muito propícia de colecionar selos. Então começou daí, dessas cartas que a minha avó recebia e, posteriormente, a minha mãe, e as minhas tias ficavam recebendo das irmãs delas aqui no Rio.

P/1 – E aí todo mundo sabia do seu interesse.

R – Todo mundo sabia do meu interesse e juntava selo. Eu juntei muito selo. Pra você ter ideia, a minha mãe teve vivos 16 filhos. Desses 16, ficaram cerca de quatro ou cinco no Ceará, os outros dez vieram pra cá. Então ela recebia selo de muita gente, entendeu?

P/1 – Constantemente.

R – É. Aí recebia selos não só dos filhos, mas elas se casavam, aí das filhas, mandavam as fotos, e aí começou aí.

P/1 – E aí o pessoal mandava pra você.

R – Mandava. Pra você ver a importância dos Correios. Naquela época, a gente sentia todo o afeto e a dificuldade das pessoas quando vinham pra cá e narravam as suas histórias, suas dificuldades aqui no Rio. E eles quando vieram pra cá, vieram sem instrução. Eu quando fui, já fui com o segundo grau completo, já tinha certo nível de entendimento das coisas. Eles não, eles vieram pra trabalhar, vieram estudar já aqui, alguns deles nunca chegaram a concluir uma faculdade.

P/1 – São histórias de luta, né?

R – Histórias de luta. Um povo bastante sofrido, mas acima de tudo muito persistente. Até hoje as minhas tias... Ela veio fazer um curso de Técnica de Enfermagem. Eu tenho outra tia que mora hoje na Rua Uruguai, ela fez o curso de Radiologia e ela conseguiu... Naquela época não existia concurso público, ela entrou sem concurso em hospitais. E se aposentou cedo, porque a atividade de radiologia você tem aquele dano. E essas coisas todas eram narradas através de carta.

P/1 – E tem algum selo em especial que você goste, além desse primeiro que te motivou? Algum que você fale: “Esse é do coração”?

R – Tem. Tem sim. Tem um selo que eu já vim consegui-lo, eu já era adulto, eu devia ter uns 20 e poucos anos. Quando eu retornei pra Fortaleza, o meu padrinho... Eu não sou batizado, mas a gente tem esse padrinho lá por conta do apego religioso lá do nordeste. E ele trouxe um selo pra mim de Cuba, um selo de Che Guevara. E ele sempre soube das minhas lutas estudantis aqui, aí trouxe um selo pra mim do Che lá de Cuba, com carimbo lá de Cuba. Esse selo eu tenho guardado.

P/1 – Você tem outros também internacionais?

R – Tenho. A coleção de clubes do Brasil, e internacional eu tenho...

P/1 – Você é filiado ao...

R – Não. Eu sou filiado ao PCdoB.

P/1 – (risos) Não, mas aos clubes de filatelia?

R – Clube de filatelia, não. O que aconteceu? Quando eu pensei em colocar num álbum, me deram a dica pra eu deixar conservado assim dentro de sacos. E hoje eu tenho muitos deles dentro do saco, dentro do reporte, guardados em sacos pra eu manipulá-los de outra forma, ou colocar num álbum. Acabou que hoje eu não tenho assim mais esse tempo pra eu cuidar, pra isso, mas estão lá devidamente embalados e guardados.

P/1 – E você frequenta com frequência os eventos de filatelia ou é a primeira vez?

R – É a primeira vez. O máximo que eu já fiz foi conversar com aqueles negociantes da Praça XV de selos (risos).

P/1 – São ótimos.

R – São ótimos.

P/1 – E você falou, até comentou que já viu um selo seu aí.

R – Já vi selos meus. Já vi selos lá da coleção de locomotivas, maria-fumaça, e também de animais da fauna nacional. Eu vi de relance.

P/1 – E pra gente fechar, tem algum sonho?

R – Meu sonho hoje é o sonho básico de qualquer pessoa, casar, ter filhos e viver tranquilo como todo mundo quer. Meus sonhos mais básicos. Já não preciso mais me desdobrar pra estudar, nem pra passar em concurso, então já to me preparando pra ter uma vida mais tranquila.

P/1 – Bacana. Muito obrigada por você dividir um pouco dessa história com a gente. Muito legal. Prazer em conhecê-lo mais um pouco. Esse material vai estar daqui a um mês, mais ou menos, acessível no site do Museu, então vou te dar o...

R – O endereço.

P/1 – O link pra você olhar lá, e o pessoal vai querer ver também, vai todo mundo...

R – (risos) Vai gostar.

P/1 – Vai todo mundo gostar. Vai todo mundo ficar...

R – Vai tudo gostar. Eu vou fazer a propaganda lá para as pessoas (risos).

P/1 – Ah, com certeza (risos).

R – Compartilhar o link, né? (risos)

FINAL DA ENTREVISTA