Desde que conheci o famoso mIRC, tornei-me uma adepta assídua de tal programa, passando a usá-lo diariamente. Conheci essa "comunidade" quando estava no meu 3º ano, achei um máximo, praticamente troquei minhas responsabilidades por esse "mundinho virtual". Por um lado foi prejudicial, porque eu dediquei grande parte do meu tempo a algo fútil, mas por outro lado, foi através do mIRC que conheci a pessoa que hoje representa minha vida.
Antes de conhecê-la, havia tido contato pessoal com outros usuários, mas nada tão singular e significativo. Nós, eu e ela (ela mesmo, sexo feminino assim como o meu), éramos apenas "conhecidas de net", nada muito pessoal, tudo muito ínfimo, uma "amizade" (se é que posso chamar assim) distante, sem muitos detalhes, sem muita confiança. Depois de um tempo, passamos a conversar mais, saíamos juntas (em turma, com um pessoal que também conhecemos através do meio virtual), levávamos uma vida normal, como toda jovem nessa faixa de idade.
Depois de um tempo, tive uns problemas de saúde, mudei muito, tanto psicologicamente quanto fisicamente. Passei por médicos, tratamentos, e nada era suficiente para curar minha enfermidade. Ela, que era apenas mais uma colega, mais uma "amiga de farras", tentou dar seu apoio, estendeu-me a mão quando mais precisei, porém, nunca aceitei. Fiquei muito trancada, fechada, não queria conversa, não queria falar sobre o que se passava comigo. Evitei sair, evitei ver meus amigos, enfim, criei um mundo só meu.
Fiz uma viagem para fazer um tratamento e a pessoa de quem mais senti falta foi a tal "amiga de farras". Chorava à noite com saudade dela, quando olhava o celular via as mensagens de conforto que ela me mandava, aquilo me fazia um bem imensurável, mas me trazia também a dor da saudade. Voltei bem melhor, não 100%, mas estava quase lá. Voltei antes do tempo, mas era aniversário dela, não poderia deixar de vê-la, de desejar o famoso e velho "Parabéns".
Nesse dia...
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Desde que conheci o famoso mIRC, tornei-me uma adepta assídua de tal programa, passando a usá-lo diariamente. Conheci essa "comunidade" quando estava no meu 3º ano, achei um máximo, praticamente troquei minhas responsabilidades por esse "mundinho virtual". Por um lado foi prejudicial, porque eu dediquei grande parte do meu tempo a algo fútil, mas por outro lado, foi através do mIRC que conheci a pessoa que hoje representa minha vida.
Antes de conhecê-la, havia tido contato pessoal com outros usuários, mas nada tão singular e significativo. Nós, eu e ela (ela mesmo, sexo feminino assim como o meu), éramos apenas "conhecidas de net", nada muito pessoal, tudo muito ínfimo, uma "amizade" (se é que posso chamar assim) distante, sem muitos detalhes, sem muita confiança. Depois de um tempo, passamos a conversar mais, saíamos juntas (em turma, com um pessoal que também conhecemos através do meio virtual), levávamos uma vida normal, como toda jovem nessa faixa de idade.
Depois de um tempo, tive uns problemas de saúde, mudei muito, tanto psicologicamente quanto fisicamente. Passei por médicos, tratamentos, e nada era suficiente para curar minha enfermidade. Ela, que era apenas mais uma colega, mais uma "amiga de farras", tentou dar seu apoio, estendeu-me a mão quando mais precisei, porém, nunca aceitei. Fiquei muito trancada, fechada, não queria conversa, não queria falar sobre o que se passava comigo. Evitei sair, evitei ver meus amigos, enfim, criei um mundo só meu.
Fiz uma viagem para fazer um tratamento e a pessoa de quem mais senti falta foi a tal "amiga de farras". Chorava à noite com saudade dela, quando olhava o celular via as mensagens de conforto que ela me mandava, aquilo me fazia um bem imensurável, mas me trazia também a dor da saudade. Voltei bem melhor, não 100%, mas estava quase lá. Voltei antes do tempo, mas era aniversário dela, não poderia deixar de vê-la, de desejar o famoso e velho "Parabéns".
Nesse dia (aniversário dela), saímos, eu, ela e outros amigos nossos. Nos divertimos, dançamos, ela ficou com um "carinha" na festa, enfim, tudo muito normal. E dai por diante continuamos saindo, farreando, curtindo, etc.
Tive uma recaída. A depressão voltou, retornei à estaca zero. Casa, casa e casa. Amigos quanto mais longe estivessem, melhor Ela sofreu muito porque sempre teve essa vontade de me amparar, de estar sempre me apoiando e auxiliando. Sempre se comportou como amiga de verdade e eu nunca enxerguei. Resolvi dar uma chance a mim mesma e à amizade que poderia surgir entre nós.
Deixei que ela me visitasse e foi aí que nasceu algo diferente, algo que nunca imaginamos que pudesse acontecer conosco. Ela passou dois finais de semana seguidos na minha casa, conversamos, matamos a saudade que era muito grande. Chegávamos a chorar ao telefone de tanto aperto no peito. Na terceira vez que veio me ver, aconteceu algo que mudou o rumo das nossas vidas: nos beijamos (era oito de novembro de 2003, por isso o título). Para os preconceituosos, isto é o fim do mundo, mas para nós que acreditamos que o amor não tem cor, raça, religião e sexo, é simplesmente o nascimento de um relacionamento diferente (porque nossa sociedade ainda se mostra preconceituosa), mas verdadeiro. O que sentia por ela tornava-se cada vez mais forte, e o mais importante nisso tudo é q houve reciprocidade.
Hj estamos juntas há 8 meses, sobrevivemos a todas as dificuldades, superamos todos os obstáculos e, enquanto existe amor entre nós, haverá força para lutar.
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